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Notícias

  16/10/2014 

Greve dos bancários não foi “faz de conta”. Trabalhador não é fantoche!

A greve dos bancários chegou ao fim, mas, infelizmente, ainda diante dos problemas que permanecem nas instituições. Por isso mesmo a luta continua – e no BNB, especialmente – a mobilização deve ser constante! Talvez essa tenha sido a única e grande conquista do movimento paredista deste ano: a consciência por parte dos trabalhadores quanto à necessidade de acompanhar e interferir nos rumos de sua categoria; de estar atentos às posturas daqueles que dizem representá-los. Sim, porque do patrão não se pode esperar postura diferente da adotada recorrentemente: assédio, pressão e ameaças. Postura essa que pode se intensificar ou não dependendo da subserviência ou do retorno de seus interlocutores. No caso, este ano, a resposta não poderia ter sido mais deprimente, com a aceitação da primeira e única proposta apresentada durante a greve pelo Banco ao Comando de Greve e às comissões de negociação especificas das empresas no caso dos bancos públicos.

O fato é que a convenção coletiva foi assinada na segunda-feira (13) em São Paulo, ocasião em que o presidente da Contraf-Cut, Carlos Cordeiro, afirmou que a campanha salarial 2014 trouxe “novos avanços” e fortaleceu “a unidade e luta dos bancários do BNB". Para a AFBNB e para a base não foi isso o que aconteceu! O comando atropelou a democracia ao não levar em conta o resultado das assembleias que rejeitaram a proposta, tendo conspirado contra a greve – como de fato ocorreu nas bases do Ceará e de Pernambuco - numa afronta à solidariedade de classe e desrespeito total aos trabalhadores que continuavam na luta e às próprias direções sindicais que estavam encaminhando o que a base havia decidido, enfatize-se, por demandas históricas, ampliação de direitos e benefícios para toda a categoria. Aqui, cabe uma pergunta: são exemplos de avanços o corte do ponto, a velha prática da pressão para o retorno ao trabalho, e o desrespeito à democracia do movimento?

 A própria assinatura do termo de ajuste preliminar do BNB, agendada quando a maioria das bases continuava em greve, denuncia isso, além de mostrar o brutal descaso com os trabalhadores e com as direções sindicais, numa atitude autoritária e antidemocrática, no mínimo. Passaram por cima de tudo e de todos! Desconheceram a greve, os trabalhadores, as direções sindicais (de todos os segmentos), a democracia, enfim, prevalecendo a vontade patronal, pois, pelo comportamento adotado e diante de tamanha violência praticada, a ordem era “cumpra-se”. E cumpriram.

Mais do que nunca se evidencia e se aprofunda o descrédito de algumas direções sindicais, e do próprio Comando de Greve perante a sua base. Esta, apesar da mobilização e do empenho – a qual cabe todo o mérito da luta – é a mais prejudicada, com o comando de ausência não abonada a partir do dia 8 de outubro, o que é no mínimo um absurdo por parte da direção do BNB! Essa “novidade” está sendo acrescida à denúncia de desrespeito ao direito de greve por parte do Banco feita pela AFBNB ao Ministério Público do Trabalho. Todavia, da mesma forma que dirigentes sindicais que têm responsabilidade com o movimento e com os trabalhadores, a Associação está buscando a interlocução junto aos diversos setores do meio político para que estes ajam junto ao Banco no sentido de reverter esse ato equivocado, que não condiz com a democracia que deve marcar um governo de respeito aos trabalhadores.

 Embora o assunto seja tratado em reunião entre as entidades sindicais e o Banco no próximo dia 20, conforme noticiado, o objeto da pauta por si só representa um grande estrago nas relações, numa lógica inversa ao que os trabalhadores têm direito, diante dos resultados que alcançam com seu trabalho ao longo do ano.

A AFBNB não tangencia em seus posicionamentos; não se exime de sua responsabilidade e nem foge à luta. No entanto, não custa lembrar que ela não é sindicato. Consequentemente, não decide sobre os rumos da greve, não negocia com a direção do Banco (foi excluída de forma burocrática, convém lembrar), não tem informações privilegiadas nem livre acesso à diretoria do BNB; ao contrário, por não seguir “a cartilha” sofre retaliações a exemplo da exclusão da mesa de negociação e do bloqueio dos emails institucionais, bem como a ameaça do corte das contribuições dos associados em folha de pagamento e da não liberação de dirigentes da Associação para o exercício legítimo do mandato.

Mas, não cabe desânimo! Pois, mais uma vez ficou ratificado que “só a luta muda a vida!”. Esta greve representou um acúmulo importante para os próximos embates que certamente virão e que já estão postos, apesar das direções sindicais que apostaram no contrário ao conspirarem contra o movimento. Quanto à AFBNB, a entidade continuará lutando pela valorização dos trabalhadores e pela efetivação da democracia. Neste sentido, reafirma seu compromisso com os trabalhadores ao tempo em que os parabeniza pela ousadia e coerência em lutarem e, mais uma vez, exporem os problemas existentes, com o interesse naquilo que é coletivo da categoria, na perspectiva da isonomia e da solidariedade de classe.

A AFBNB ao lado dos trabalhadores
Gestão Autonomia e Luta

Fonte: AFBNB
Última atualização: 16/10/2014 às 10:41:21
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