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Notícias

  15/10/2014 

AFBNB reafirma a importância dos Bancos Públicos

A imprensa tem noticiado declaração proferida pelo ex-presidente do Banco Central do governo de Fernando Henrique Cardoso, Armínio Fraga, na qual ele defende a redução do papel dos bancos públicos na economia brasileira, sob a alegação de que "esse modelo, com três grandes públicos (BNDES, BB e CEF), não é favorável ao crescimento e ao desenvolvimento", chegando a dizer que não sabe bem "o que vai sobrar no final da linha, talvez não muito”.


A AFBNB vem a público repudiar tais declarações, reafirmar a importância das instituições públicas de modo geral e dos bancos públicos em particular, com o diferencial que possuem em relação às instituições privadas. A história recente da economia mundial mostra exatamente o contrário do que afirma o ex-ministro: durante a crise de 2008, iniciada nos Estados Unidos - que repercutiu em todo o mundo - enquanto os bancos privados fecharam as portas ao crédito, os públicos se mantiveram firmes, inclusive ampliando a sua ação, fazendo com que, no Brasil, os impactos negativos fossem bem aquém daqueles sentidos em outros países. No final das contas, coube ao Tesouro norteamericano socorrer bancos e empresas privadas, sem a permissão do povo, numa inversão de prioridades e desrespeito à democracia e à sociedade. Convém enfatizar que essa era a mesma filosofia pretendida pelos defensores do neoliberalismo. Felizmente, essa receita não foi adotada aqui.


No Brasil, especificamente, as desigualdades regionais existentes exigem instituições de desenvolvimento fortes, a exemplo de um banco com o caráter do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Para esse propósito, a AFBNB tem lutado de forma permanente junto ao governo federal e demais entes do poder político, no intuito de que sejam concedidas ao Banco condições de exercer plenamente a missão para o qual foi criado: atuar na promoção do desenvolvimento, com a erradicação das desigualdades.
 

No documento "Carta Compromisso pelo Desenvolvimento Regional", lançado pela AFBNB em 2010 e encaminhado aos então candidatos à presidência da República, está explicitada a importância da mobilização do sistema financeiro privado para o financiamento de investimentos produtivos, com especial atenção ao fortalecimento do sistema financeiro público.

No documento encaminhado aos presidenciáveis nas eleições 2014 - "Nordeste, sem ele não há solução para o Brasil" - com a visão sobre o modelo de desenvolvimento econômico para o país, a Associação reafirma a necessidade de maior regulação da atuação dos bancos privados e fortalecimento do sistema financeiro público, em especial dos Bancos Regionais, pela missão de Estado que devem desempenhar. Os recursos públicos do país não devem ser instrumento para as barganhas da lógica perversa do mercado, e sim para ser aplicado em políticas que resultem nas melhorias das condições de vida do povo brasileiro.


Para a AFBNB, o direcionamento de priorizar bancos privados, regidos tão somente pela lógica do capital, em detrimento dos bancos públicos - que têm como fulcro o papel social - é mais do que um retrocesso, representando um risco grande para o país e o povo brasileiro. Essa cantilena é conhecida e enseja mais privatização, que implica, no caso do BNB, especialmente, prejuízo para o Nordeste e toda a área de atuação do banco, enfim, de aplicação do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE). Os esforços que a Associação tem empreendido vão em outra direção: a reafirmação do Banco do Nordeste do Brasil na perspectiva do seu fortalecimento e crescimento. 
 

Fonte: AFBNB
Última atualização: 16/10/2014 às 10:19:34
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Comentários

Enviado por Dorisval de Lima em 19/10/2014 às 08:04:35
A AFBNB é uma entidade representativa dos trabalhadores do BNB a ela vinculados. Seus posicionamentos são sempre pautados em matérias de interesse coletivo, alusivos à conjuntura e às questões pertinentes aos representados, bem como à instituição BNB. No tocante às eleições, que não se resumem ao presente momento, a entidade tem adotado um papel de autonomia, sempre explicitando tais posicionamentos, independente de candidaturas e/ou governos de plantão. Do ponto de vista institucional, é coerente a tomada de posicionamento por este ou aquele candidato, inclusive em observância ao que determina o estatuto. Porém, cabe, e é de direito, logo legítimo, tal exercício por parte dos seus dirigentes, que o fazem (ou devem fazer conforme o seu papel de cidadãos e de eleitores. Assim, cumpre a Associação, do ponto de vista institucional, expor seus posicionamentos sobre plataformas políticas que os governos, sejam quem estiver à frente do país, devem adotar; isto está bem posto nos documentos que têm sido publicados, a exemplo do que foi veiculado essa semana em reafirmação ao papel dos bancos públicos, diga-se de passagem, que tem sido feito de forma permanente pela AFBNB, e não somente por oportunidade da eleição, pelo entendimento de que se trata de uma luta permanente contra os abutres do capital e da ganancia sulistas que tentam abiscoitar os parcos recursos que conquistamos nas lutas. O mesmo entendimento também está posto nos documentos que a cada eleição a Entidade elabora , a partir da contribuição dos seus associados, sobretudo, aos setores que disputam as eleições, o qual contém questões de cunho institucionais com enfoque para o BNB e Nordeste, bem como as questões de natureza trabalhista e relações de trabalho. Nos referidos documentos - e posicionamentos constantes e perenes da AFBNB - constam a visão da entidade acerca do papel do estado, que deve ser posto em prática pelo governo. Em todos a Associação defende a maior presença do estado, fortalecimento e melhor estruturação dos órgãos de desenvolvimento, com um destaque bem peculiar para o BNB, o maior aporte de recursos para a região, etc., bem como a valorização dos funcionários do banco, quando cobra a aplicação de políticas de RH que os respeitem, que os valorize, que recupere prejuízos causados no passado, para todos os setores, ativos e aposentados. A Associação sempre se pautou e assim se pautará, com autonomia, mas com firmeza na defesa do BNB e dos direitos dos trabalhadores, independente de governos, partidos, gestão do banco, etc., em respeito a sua histórica e aos seus documentos constituintes.
Enviado por maia em 16/10/2014 às 18:14:52
Já é alguma coisa. Pouco, mas, é. Necessário ser mais explícito, dentro do processo eleitoral, dizendo de forma CLARA E SUCINTA, o risco ao qual estamos submetidos se votarmos em AÉCIO. Cuidar cedo do mal para evitar as desgraças a que já nos submeteram. Afinal existe muita gente de memória curta ou totalmente sem memória.
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