Nota de Repúdio
O Sindicato dos Bancários do Piauí vem a público repudiar veementemente a posição adotada pelo Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB) na campanha salarial 2014/2015 pelas ameaças e desrespeito com os funcionários.
Decorrido um período de 07 (sete) dias de greve onde os demais bancos públicos (BB e Caixa) apresentaram avanços aos seus empregados, o BNB apresentou na mesa específica uma proposta rebaixada no que tange principalmente ao pagamento da PLR (que nem mesmo reproduz a proposta da FENABAN) e que não traz nenhuma solução para assuntos que veem se arrastando há anos no BNB, tais como o Ponto Eletrônico, Isonomia entre funções, revisão do PCR (Plano de Carreiras e Remunerações) e do PCF (Plano de Carreiras e Funções).
A categoria, certa de que suas reivindicações são justas, decidiu rejeitar a proposta e continuar a greve.
Com a continuidade da greve, o BNB inicia uma serie de ações “ditatoriais” e “antidemocráticas”, desrespeitando o direito de greve com a ameaça de ajuizamento do dissídio coletivo e o desconto dos dias parados. Ora, o trabalhador não teme a Justiça, pelo contrário é a Justiça do Trabalho a grande conquista do Brasil Democrático, pois, esta instituição não coaduna com pressões e assédios, ferramentas de primeira hora do Patrão no Setor Bancário.
O desrespeito no BNB teve seu auge no dia 10/10/2014 quando a Diretoria de Administração e TI envia diretamente aos funcionários um e-mail “informando” que o Banco do Nordeste assinaria o Termo de Ajuste Preliminar ao Acordo Coletivo de Trabalho na segunda-feira dia 13/10/2014, creditando a folha de pagamento do mês de outubro já com o reajuste ali acordado e divulgou o calendário de pagamento das demais verbas. Ora, esquece o BNB que nesse momento mais da metade dos estados ainda estavam em greve, tendo decidido pela continuidade da mesma justamente por conta da proposta não contemplar a maior parte das reivindicações justas e almejadas.
De forma madura e consciente de que sem a unidade o movimento grevista se torna fraco, os funcionários do BNB da base Piauí decidiram por fim a greve em assembleia datada de 10 de outubro de 2014. Doravante, e por não acreditar mais em uma mesa permanente que não trouxe nenhum avanço nesses últimos anos, a categoria de forma uníssona determinou que a ferramenta para luta contra a indiferença do BNB será a via judicial, com ajuizamento de todas as ações coletivas como a da 7ª e 8ª hora dos GSN, pagamento da diferença da PRL 2012 (“A maior PLR da história”), pedido liminar contra o desconto dos dias parados na campanha salarial 2014/2015, entre outras que se acumulam.
Voltamos a trabalhar, mas a luta continua!
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