Ele não bebe, não fuma, e leva flores toda semana para uma imagem de Nossa Senhora. O presidente do Banco do Nordeste, Nelson Souza, mantém um perfil pacato de quem quer trabalhar em silêncio e fazer as coisas funcionarem.
Depois de todas as sacudidas pelas quais a instituição passou, com denúncias de irregularidades e a saída do catarinense Ary Joel, que chegou ao BNB com as bênçãos do ministro Guido Mantega, sobrou a Nelson pedir proteção às forças divinas. O projeto da atual gestão é o de harmonizar as áreas comercial e de desenvolvimento do BNB, e romper todas as possíveis resistências para que as coisas funcionem.
Do ponto de vista comercial, os trabalhos mostram resultados: recentemente foi fechada uma parceria com a CDL e a FCDL para lançamento de cartão empresarial. O projeto deve ser estendido para o restante do Nordeste e ganhar mais o reforço de um cartão específico do banco, além de uma maquineta de crédito voltada para microempreendedores.
A área de desenvolvimento também não ficará descoberta. Foi contratado um estudo para pensar o Nordeste até 2022. O documento, que será lançado em novembro, teve a coordenação da professora Tânia Bacelar.
Ontem, durante a gravação do O POVO Economia que será veiculado hoje, às 23 horas, na TV OPOVO (Aberto/UHF – canal 48; Multiplay – canal 23; NET - canal 24), Nelson Souza também anunciou que será aberto concurso para a contratação de doutores. A ideia é reforçar o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) com doutores e profissionais que falem vários idiomas para articular políticas para a região. O edital deve ser lançado até o final do ano.
DESENVOLVIMENTO
PARCERIAS COM BNDES E CAIXA
O Banco do Nordeste representa hoje a instituição mais estratégica da região. Com o sucateamento do Dnocs e o total esvaziamento da Sudene, restou apenas o BNB para realizar um trabalho de apoio efetivo aos estados. Nelson Souza explica que as políticas desenvolvidas agora querem estruturar as futuras ações.
O presidente do BNB esteve com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o presidente da Caixa, Jorge Fontes Hereda, para traçar algumas estratégias que podem ser desenvolvidas em conjunto.
FINANCIAMENTO
FOCO NA ENERGIA SOLAR
Depois de ampliar a estrutura comercial do banco, com a abertura de novas agências e a contratação de funcionários, Nelson diz que não abdica da participação do BNB na área de infraestrutura, mas com foco definido. A energia solar, por exemplo, está no rol das prioridades, assim como a cadeia produtiva do setor.
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