Todos às assembleias hoje para dizer NÃO à proposta rebaixada dos bancos
A greve nacional dos bancários, que hoje completa sete dias, continua forte e crescendo. A primeira semana do movimento fechou com cerca de dez mil unidades de trabalho fechadas entre agências e demais órgãos administrativos dos bancos. Como resultado da mobilização os patrões se renderem a uma negociação na noite da última sexta-feira (3), a primeira após o início da greve. Ocorreram negociações gerais, na chamada mesa única, a qual discute as questões de natureza econômica no âmbito da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. No BNB no BASA foram agendas reuniões para hoje (6).
Os patrões (bancos públicos e privados) elevaram a proposta de reajuste salarial de 7,35% para 8,5% e 9% para piso. O comando de negociação decidiu por aceitar a proposta a ser apreciada nas assembleias convocadas pelos sindicatos hoje (6). A AFBNB considera a proposta insatisfatória, sobretudo considerando os lucros astronômicos dos bancos, em torno de R$28 bilhões no primeiro semestre de 2014, o que demonstra que é perfeitamente possível ser melhorada. Além disso, há a urgência de medidas em relação às questões específicas, que não são postas nas negociações junto à Fenaban. Por isso é fundamental o recrudescimento da greve.
BNB - A luta não é só pelos “vinte centavos”
Da mesma forma que os demais bancos, a luta no BNB se dá para além das questões econômicas, ou seja, para exigir da administração do Banco políticas sobre as demandas específicas as quais vêm sendo negadas ao longo de anos. E Não são poucas: Plano de Cargos e Salários digno, Isonomia de tratamento, ponto eletrônico, dignidade previdenciária e de saúde, fim do trabalho gratuito (convocação dos aprovados no concurso), fim das práticas de assédio moral, fim das terceirizações, quitação dos passivos trabalhistas, políticas de RH, igualdade de oportunidades, fim da subjetividade nos processos de concorrência, reintegração dos demitidos, por exemplo, justificam a necessidade do fortalecimento da luta e continuidade da greve.
É urgente que administração do Banco do Nordeste do Brasil tenha a dignidade em apresentar uma proposta plausível, digna de aceitação quanto às questões especificas. Políticas essenciais como plano de cargos e salário, previdência e saúde, isonomia de tratamento, pelo menos, não podem ser desprezadas pelo Banco.
Para tanto, é necessário manter a mobilização, fortalecer o movimento paredista e fazer valer o direito posto no lema da campanha salarial de que “queremos mais” (e merecemos) de verdade. Afinal, “só a luta muda a vida”.
A AFBNB ao lado dos trabalhadores
Gestão Autonomia e Luta.
Confira abaixo dia e horário das assembleias e a proposta da Fenaban:
Hoje, 6/10:
* 18h - Alagoas, Pernambuco e Piauí
* 18h30min - Bahia, Ceará, Maranhão e Sergipe
* 19h – Paraíba e Rio Grande do Norte
Amanhã, 7/10:
* 8h - Sindicato Montes Claros
Confira a lista de proposições da Fenaban
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