Com o objetivo de contribuir para os debates e reflexões acerca de políticas públicas e demais medidas que promovam a justiça social e a igualdade de condições entre as regiões, a AFBNB tem elaborado ao longo de sua história documentos com sugestões e análises que apontam para o fim das desigualdades. Assim aconteceu em 1996, com o “Projeto Nordeste Cidadania”; em 2006, com o livro “Por um Nordeste Melhor”; em 2010, com a “Carta Compromisso com o Desenvolvimento Regional” e agora, nas eleições presidenciais de 2014.
Dessa forma, a Associação encaminhou na tarde desta sexta (3) aos candidatos à Presidência da República, documento que reúne contribuições dos trabalhadores do BNB e sintetiza o acúmulo de conhecimentos produzidos ao longo dos anos por esta Associação, para fins de conhecimento e aproveitamento da melhor forma possível em um eventual governo. Caso necessário o documento será encaminhado no segundo turno com pedido de audiência sobre o tema.
O documento em anexo traz uma breve análise da conjuntura regional, as premissas para um modelo de desenvolvimento que entendemos necessário para o Nordeste e o semiárido, e propostas tanto do ponto de vista institucionais, quanto de natureza trabalhista, ou seja, sob aspectos que dizem respeito às relações de trabalho, a direitos e benefícios dos empregados do Banco, considerando nesse mister, inclusive a necessidade do restabelecimento de muitos desses direitos e benefícios que foram subtraídos.
Todo o conteúdo se baseia nos seguintes eixos estratégicos: necessidade de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, com Recorte Regional (Nordeste e Norte); Nordeste e partes dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo com melhores indicadores; Sistema Financeiro Público, Banco do Nordeste do Brasil e Instituições Regionais fortalecidas e Valorização dos Trabalhadores.
O Banco do Nordeste do Brasil cresceu nos últimos 4 anos, é verdade. Seu capital social, por exemplo, que em 2010 era de R$ 1,851 bilhões passou para R$ 2,844 bilhões em 2014. Houve aumento também no número de agências (190 em 2010 para 273 em 2014) e de empregados.
Um fato novo que deve ser bem analisado e esclarecido, no entanto, é a queda da participação da União no controle acionário do BNB. Em 2010 a União Federal detinha 96,10% das ações ordinárias, e em junho de 2014 esse montante passou a ser de apenas 51,0%, com o restante passando a ser, principalmente, de dois fundos administrados pelo Banco do Brasil, FGO e FGEDUC.
Na visão da AFBNB, esse crescimento não se traduziu em avanços significativos quanto ao resgate de perdas históricas, sobretudo durante a gestão do PSDB no Banco do Nordeste do Brasil ou em melhorias quanto à política de recursos humanos voltadas para a assistência à saúde e aposentadorias complementares dignas. Por isso mesmo, neste documento, no item VII, a Associação apresenta as considerações acerca das relações de trabalho.
É importante destacar que nos processos eleitorais de 2014, assim como em todas as eleições, a AFBNB não apoia candidatos, mas apresenta suas propostas e as estratégias que, historicamente, têm pautado sua forma de atuação na defesa da Região, do BNB e dos seus trabalhadores.
Para a Associação, é fundamental que a próxima gestão do Brasil, no período de 2015-2018, radicalize a democratização das relações com os segmentos populares e com as entidades de trabalhadores, possibilitando que, a exemplo das manifestações sociais de junho de 2013, tenham significativa importância na definição das políticas públicas e na atuação do Estado nacional.
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