Durante a greve, um fato chama atenção. Os clientes têm sido bastante receptivos com os bancários que ficam nos comitês de esclarecimentos. Isso porque a população entende que a pauta de reivindicações da categoria visa também trazer benefícios para a sociedade, que sofre com as arbitrariedades dos bancos.
O aposentado Reginaldo Lima manifesta apoio à paralisação. “Os banqueiros desrespeitam tanto os correntistas, quanto os funcionários. Lucram, mas não contratam. Nas agências, faltam empregados para atender a demandas”, reclama.
Opinião semelhante tem a aposentada Daria Milet. “A greve tem de ocorrer mesmo. Tenho uma filha bancária e sei o que ela passa”, comenta.
Presente em um dos comitês, para tirar eventuais dúvidas e orientar a população, a diretora do Sindicato dos Bancários da Bahia, Graça Gomes, afirma que o clima é de tranquilidade. Lembra ainda que enquanto os bancos não chamarem para negociar, a greve continua. “A mobilização, com certeza, vai aumentar. Os bancários participam ativamente da paralisação e a tendência é melhorar”.
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