A greve dos bancários vai muito além das questões financeiras. A categoria está com as atividades paralisadas, sobretudo, por melhores condições de trabalho e atendimento ao cliente. Cientes da importância dos serviços para a população, os trabalhadores têm participado ativamente dos comitês de esclarecimentos para prestar orientação, evitando que o consumidor seja penalizado por conta do descaso dos bancos que não negociam.
A explicação acima foi dada pelo presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, ao superintendente do Procon, Ricardo Maurício Freire, em reunião nesta quinta-feira (02/10). "Não estamos em confronto com a sociedade. Pelo contrário. Nossa pauta é extensa e inclui, por exemplo, a contratação de funcionários para prestar atendimento humanizado", destaca Augusto Vasconcelos.
O presidente aponta ainda que existem os canais alternativos, como o autoatendimento das agências. As informações são passadas aos consumidores pelos diretores do SBBA nas agências e até o momento houve muita compreensão por parte dos clientes que sabem bem do descaso dos bancos.
Presente na reunião, o diretor Jurídico, Fabio Ledo, chamou a atenção para um fato novo ocorrido na greve. "Os gestores dos bancos estão utilizando notificações do Procon para assediar o bancário e obrigar a trabalhar, mesmo sabendo que a paralisação é um direito legítimo".
O superintendente reconheceu a legitimidade da greve e afirmou que, por enquanto, não realiza autuações, mas apenas apresenta rol de recomendações às organizações financeiras, que não tem por objetivo enfraquecer o movimento.
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