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Saiu na Imprensa

  12/09/2014 

Produtor de camarão quer voltar a exportar

Maiores produtores de camarão de cativeiro do País, responsáveis pelo cultivo de 66 mil toneladas (t.) em 2013, e com o mercado doméstico já consolidado, os Estados do Ceará (43 mil t) e o Rio Grande do Norte (23 mil t.), buscam agora, ampliar a produção para voltar a exportar para os Estados Unidos e Europa, mercados perdidos em 2003 e 2004, respectivamente, por problemas de dumping no setor e de desvalorização cambial do real em relação ao dólar, à época.

Com projeção de produzir 50 mil toneladas neste ano, somente no Ceará, os carcinicultores cobram do governo Federal um olhar mais atento para o setor, com financiamentos menos burocráticos e regulações ambientais mais flexíveis.

"Linhas de crédito e taxas de juros atraentes, o BNB, o Banco do Brasil e o BNDES têm, mas não liberam (os recursos). Exigem licenças (ambientais) que os carcinicultores (a grande maioria) não têm e o dinheiro não é liberado", expôs o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, na tarde de ontem, após o lançamento da 11ª Feira Nacional do Camarão (Fenacam), que transcorrerá, pela primeira vez, em Fortaleza, entre os dias 11 e 13 de novembro próximo.

Gerador de renda

Para Rocha, o governo precisa enxergar o potencial produtivo e de geração de emprego e renda que a carcinicultura representa, sobretudo no Nordeste. "Apesar da seca dos últimos anos, o setor ampliou a produção, gerou renda para as camadas mais pobres do interior", declarou Rocha, destacando que 65% dos produtores de camarão do Nordeste são microprodutores, pescadores artesanais e ex-agricultores que produzem camarão em áreas de até cinco hectares.

Do contingente restante de produtores do crustáceo no Ceará, 11% são de pequenos cultivadores, 19% são médios e apenas 5%, grandes criadores. No geral, exploram 6.520 hectares de espelho d'água e geram 3,75 empregos por hectare, totalizando 24,5 mil pessoas, sem contar as envolvidas no processo de comercialização. Do total de associados da ABCC, apenas 40% têm licenças ambientais.

Mercados

De acordo com Rocha, a produção atual de camarão de cativeiro, somada com outras 80 mil toneladas em águas marinhas, na região, totalizando cerca de 120 mil t., têm sido suficientes apenas para abastecer o mercado interno. O consumo per capita do crustáceo no País é de apenas 550 gramas. "Isso é muito pouco para um produto que é sonho de consumo e tem preço tão bom", opina. Segundo ele, o quilo do camarão médio de cativeiro, entre dez e 12 gramas, do produtor para revenda, custa, em média, de R$ 13,50 a R$ 14,00; enquanto os maiores, entre R$ 15,00 e R$ 16,00, o quilo.

"O Equador, que tem a mesma costa (área de litoral) do Ceará produziu, 215 mil toneladas e exportou US$ 1,67 bilhão, em 2013, e este ano, deve exportar US$ 2 bilhões; enquanto que o Ceará, das 85 mil toneladas produzidas no ano passado, exportou apenas 612 toneladas", protestou Rocha. "Perdemos o mercado externo e não recebemos nenhuma compensação. Precisamos (o setor) ser vistos também como prioridade, para que possamos aumentar a produção para o mercado doméstico e também voltar a exportar", defende.

Feira

Para discutir os avanços e os desafios da carcinicultura e apresentar as novas tecnologias disponíveis no mundo, a ABCC irá promover a 11ª Fenacom. O evento irá reunir empresários, pesquisadores, técnicos, professores e estudantes, no Centro de Eventos do Ceará, para debater com 20 especialistas dos principais países produtores, tais como a China, Tailândia, México, Vietnã, Austrália, Estados Unidos e Brasil. O tema central neste ano será: "Aumentar a produção para atender a demanda interna, sem perder de vista o promissor mercado internacional".

Fonte: Portal Diário do Nordeste
Link: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/produtor-de-camarao-quer-voltar-a-exportar-1.1099348
Última atualização: 12/09/2014 às 08:10:19
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