Quando questionada sobre igualdade de oportunidades, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), durante a negociação, nesta quinta-feira (28/08), não deu importância para o item e jogou o assunto para debaixo do tapete.
A realidade nas organizações financeiras é discriminatória. Enquanto homens gerentes ganham, em média, R$ 7.251,00, as mulheres, com o mesmo cargo, recebem R$ 5.221,00. Uma diferença de 38,8%. Os bancos não fazem nada para mudar a situação.
Para os bancários, as empresas devem democratizar o acesso de todos os candidatos, garantindo que mulheres, negras, indígenas, homoafetivos e deficientes tenham igualdade de condições de contratação, independentemente de idade e condição socioeconômica. As empresas, no entanto, pensam diferentes.
Em relação à garantia de, no mínimo, 20% de afrodescendentes no quadro de funcionários, os representantes dos bancos demonstraram claro desconforto com as cotas.
O assédio sexual é outro enorme problema enfrentado pelos trabalhadores. Os bancos disseram que podem fazer campanha para coibir a prática, em conjunto com os sindicatos. Presente na negociação, secretário-geral da Federação da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, acredita que não existe vontade por parte da Fenaban em avançar no debate. “Achar que a solução para as demandas é ficar apenas em boas intenções e não constar na Convenção Coletiva de Trabalho é fugir da responsabilidade”.
|