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A urgente e necessária segurança nos bancos

Imagem - Seeb Porto Alegre - http://www2.sindbancarios.org.br

É fato que a insegurança deixou, há muito, de ser assunto específico de alguns setores. O Brasil, no que diz respeito à violência, chegou a proporções muito além do que se pode chamar de preocupantes. Vivemos num mundo em que se convenciona achar legítimo justificar atitudes com o simples discurso clichê "Não tem jeito” ou “Os fins justificam os meios".

Nesse contexto encontram-se a classe bancária e clientes, resumindo todos em um só patamar: seres humanos. Os bancos tornaram-se foco de atos violentos. A grande questão é que esse tipo de ação criminosa tem se tornado cada vez mais institucionalizada e violenta, indo de assaltos a sequestros de trabalhadores e mesmo explosão de agências. Estatísticas do 1º semestre de 2014 mostram que a situação está continuamente alarmante.

De acordo com notícias veiculadas nos sites dos sindicatos da categoria, nos últimos meses, há uma mobilização acerca do tema. As visitas aos órgãos competentes, por meio de reuniões têm se intensificado. Porém, muito mais que propor projetos de segurança - que visam à implantação total de novos meio técnicos - é preciso cobrar uma ação eficaz e eficiente daqueles que usufruem dos bônus, mas não dividem nenhum ônus da atividade bancária: os bancos, públicos e privados.

Apesar de lucros exorbitantes em todas as circunstâncias econômicas, os bancos não investem ou garantem o mínimo necessário legalmente exigido. Muitas agências funcionam sem a estrutura devida e, por conta do desejo insaciável de maximização dos lucros, os trabalhadores ficam expostos a todo tipo de risco.  

Uma outra vertente que não pode deixar de ser responsabilizada é o poder público, responsável pela defesa dos cidadãos, em sua mais ampla acepção. É imprescindível que as fiscalizações aconteçam constantemente. O descaso, a negligência e a omissão trazem como frutos os alarmantes índices, muitas vezes irreversíveis que, diga-se de passagem, nem sempre são registrados a contento.

No dia 23 de julho, representantes dos trabalhadores e da Fenaban se reuniram para avaliar os resultados do  Projeto-Piloto de Segurança bancária, que é uma conquista da campanha salarial de 2012, mas só assinado em maio de 2013 e em fase de experimentação. A AFBNB considera que se houvesse bom senso, o zelo com a vida e vontade não seria sequer necessárias leis para obrigar os bancos a adotarem medidas de segurança como porta giratória com detector de metais, câmeras internas e externas, biombos em frente aos caixas, guarda-volumes e vigilantes armados e com coletes de proteção, por exemplo. Ou seja: medidas básicas, que podem até não evitar completamente possíveis danos, mas que demonstram o mínimo respeito das instituições pelos bancários e clientes.

Nas visitas que faz constantemente às agências do BNB, a Associação constata o quão distantes do ideal estão as unidades do Banco no quesito segurança. Como todos os direitos, o direito à segurança também deve ser conquistado com luta, mobilização, organização e solidariedade entre os trabalhadores, que estão na linha de frente dos perigos. Essa luta deve ser constante e reforçada com a campanha salarial desse ano batendo às portas. Nesse sentido, a minuta específica da categoria (com cláusulas que tratam dos equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões) deve ser tratada como prioridade, não se admitindo ser postergada ou remetida para as chamadas mesas permanentes, arrastando-se em discussões sem que nada de concreto aconteça.

A AFBNB está atenta a esse assunto e sempre à disposição para a luta, ao lado dos trabalhadores!

Segurança nos bancos já!