Os trabalhadores do Banco do Nordeste do Brasil estão sob ataque: a Associação que os representa está sofrendo retaliação por não ceder ao poderio do status quo nem se calar diante dos equívocos na condução do BNB. E o pior: o ataque não parte do patrão – pelo menos não explicitamente - mas de outras entidades de trabalhadores, no caso, a Contraf-Cut e os sindicatos vinculados a esta Central.
A AFBNB questiona o posicionamento de alguns dirigentes de sindicatos ligados à Contraf-Cut, a exemplo do diretor do sindicato dos bancários de Pernambuco, Fernando Batata, tentando justificar o inexplicável, ao enviar para sua base a minuta do acordo coletivo acrescida da seguinte informação que reproduzimos a seguir literalmente, com grifos nossos:
“Prezad@s, segue a nossa pauta específica 2014/ 2015, fruto do trabalho coletivo realizado no Congresso Nacional do BNB que ocorreu em 30 e 31 de maio/2014. Ressaltamos a tod@s que este foi o objetivo prioritário do citado Congresso e as questões políticas devem ser resolvidas no campo político, porém acho prudente apresentar os seguintes esclarecimentos:
1) Por que a AFBNB não participa da Comissão Nacional do BNB? Porque os órgãos oficiais de controle e justiça só e só admitem que as comissões de empresas públicas sejam compostas por Sindicatos, federacões e confederações sindicais;
2) Por que foi desvinculada as liberações de dirigentes da AFBNB através da CONTRAF/CUT? Porque a AFBNB é autônoma, independente e politicamente ocupa seu espaço, portanto , por que esta dependência da CONTRAF/CUT? se a AFBNB apresenta sua autonomia.”
A pergunta que não quer calar é: a que “órgãos oficiais de controle e justiça” a Contraf-Cut se refere? Quando se deu tal ordem? Que documento que mostra isso? Quão soberana é esta deliberação?
De fato, a AFBNB é autônoma, independente e assim permanecerá! Seu compromisso é com o associado, com a instituição Banco do Nordeste do Brasil – enquanto órgão de desenvolvimento, independente de gestão A ou B, e principalmente com a região e a sociedade. Ela não está nem nunca esteve na dependência da Contraf- Cut ou de qualquer outra Central que seja. Ela é uma entidade de trabalhadores; seus dirigentes são legitimamente eleitos para conduzir a missão para a qual a entidade foi criada. Como justificar, então, essa tentativa de calar uma entidade cuja finalidade é também lutar pela ampliação e garantia dos direitos dos trabalhadores? Em nome de quem? Dos trabalhadores ou da gestão do Banco/Governo?
A AFBNB segue trabalhando, com a consciência tranquila de seu dever e de estar no caminho certo, embora não seja o mais fácil. Estar do lado dos poderosos de plantão para alguns é “negócio da China”; para a Associação, é ouro de tolo! Porque, para nós que fazemos a AFBNB, “todo o poder emana do povo” e o nosso povo são os trabalhadores do BNB os quais temos a convicção de que não comungam com este tipo de atitude rasteira e oportunista.
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