Assistir os jogos da Copa Mundo sem pagar nada é o desejo de muitos brasileiros. Para um grupo seleto de empresários, milionários e parceiros de bancos públicos do Brasil esse desejo será realizado. O Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BRB, de Brasília, gastaram R$ 9 milhões na compra de ingressos Vip’s da Fifa para distribuírem a esse grupo.
O Banco do Brasil foi o campeão de investimento: pagou R$ 5 milhões por um número de ingressos não revelado. Os beneficiados serão clientes, prioritariamente, com investimento acima de R$ 50 milhões e representantes de grandes empresas.
Já a Caixa Econômica comprou 480 ingressos, no valor de R$ 1,8 milhão, para 14 partidas. Os ingressos serão distribuídos para donos de lotérica e para empregados do banco, como parte da campanha de incentivo “Vai Brasil”. O menor valor foi aplicado pelo BRB, que investiu 1,2 milhão de reais em 30 ingressos para clientes para cada um dos sete jogos do mundial.
Copa da exclusão
A preparação das cidades brasileiras para receber a Copa do Mundo desde o início foi cercada de ações e projetos truculentos do Governo. Para a construção dos estádios e de obras de mobilidade urbana, centenas de famílias e comunidades foram removidas dos seus espaços de moradia.
A Copa do Mundo ao invés de trazer benefícios econômicos e sociais para a população brasileira irá beneficiar apenas entidades privadas e grandes corporações, que se apropriaram do esporte. A saúde, educação, saneamento básico, transporte e segurança ficaram em segundo plano para que o Brasil bancasse a Copa do Mundo, a todo e qualquer custo.
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