O "Congresso Nacional dos Funcionários do BNB" realizado nos dias 30 e 31 de maio em João Pessoa-PB, que deveria priorizar a unidade da categoria na Campanha Salarial e aperfeiçoar a minuta de reivindicações, teve como destaque o ataque à Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB) promovido pelos prepostos da Contraf-CUT. Mais uma vez o evento trouxe a presença de várias pessoas não pertencentes aos quadros do banco, que são usados para que os que não têm maioria na base, a obtenha casuisticamente. Este é um raro fórum de trabalhadores onde empregados de outros segmentos têm direito a voto, uma forma de alterar a vontade da base, que almeja mudanças na condução de nossas lutas. Como não bastasse votarem, esses "delegados" também dirigem o "congresso" do começo ao fim.
Todas as recentes minutas de reivindições no BNB até então tinham uma cláusula que dava garantia legal à liberação de diretores da AFBNB para o exercício do mandato e ao repasse das mensalidades pelo banco. Essa conquista, estando em acordo coletivo, impedia que a entidade ficasse vulnerável ao sabor da vontade do presidente ou da diretoria de plantão no banco. Pois no tal "congresso", por proposta da Contraf, foi aprovada a retirada da cláusula por 51 a 42 votos e 04 abstenções - não fosse o direito a voto de "delegados" de outros bancos, a proposta teria sido rejeitada. Tal investida contra uma entidade legítima de trabalhadores, com prestígio no funcionalismo, reconhecimento na sociedade e com longa tradição de luta, se dá depois de, na eleição da AFBNB, a chapa da Contraf-CUT ter sido derrotada da forma acachapante nas urnas ( mais de mil votos de vantagem para a diretoria atual ) e na justiça, onde tentaram anular o pleito.
PERSEGUIÇÃO LEMBRA PERÍODO SOMBRIO DE BYRON QUEIROZ/FHC
Durante o pior momento de repressão política vivida pelos funcionários do BNB, a cassação da liberação dos diretores da AFBNB e a suspensão do repasse das mensalidades foram das medidas mais duras de perseguição à organização dos funcionários do Banco pelo famigerado ex-presidente Byron de Queiroz. O objetivo era inviabilizar a ação da entidade para assim minar a resistência. Eis que agora, os mesmos que constantemente se apresentam como heróis da luta contra aquele tipo de arbitrariedade, tentam deixar a AFBNB vulnerável à investida dos patrões. Devemos lembrar que em outro "congresso" desse tipo a Contraf-CUT já havia retirado a AFBNB da Comissão de Funcionários da Mesa de Negociação.
O Sindicato dos Bancários da Bahia, o Sindicato dos Bancários de Sergipe e a Federação dos Bancários da Bahia consideram esse ato de retaliação política um grave precedente. Quando a Contraf-CUT retalia a AFBNB por conta de uma derrota eleitoral, na verdade está se voltando contra o conjunto do funcionalismo. Nosso propósito é construir a unidade da categoria na campanha salarial e ao mesmo tempo, junto com outras entidades, lutar para que a AFBNB, nossa parceira permanente de lutas, se fortaleça cada vez mais e mantenha-se firme e forte no caminho da mobilização dos trabalhadores.
Membros da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB:
Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.
Sindicato dos Bancários da Bahia.
Sindicato dos Bancários de Sergipe.
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