Operários da construção civil realizaram uma manifestação entre 7h e 9h desta quarta-feira (7), na Avenida 13 de Maio, no Bairro de Fátima, em Fortaleza.
A concentração da categoria foi em frente a Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Conforme o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção (Sticcrmf), Nestor Bezerra, a manifestação faz parte da campanha salarial da categoria.
“A manifestação segue a mesma pauta. Para alertar as autoridades sobre as péssimas condições de trabalho que vivemos e salários dignos”, disse.
Nestor Bezerra afirma que no próximo dia 22 haverá uma nova rodada de negociações e que a categoria espera ser atendida pelos empresários indústria da construção civil. “Esperamos ser atendidos. E que haja alguma evolução nas negociações. Na reunião passada infelizmente não chegamos a um consenso. Apenas dois itens das nossas exigências foram discutidas. Um aumento de 6% do salário e acréscimo de R$ 3,90 na cesta básica o que é um absurdo”, explicou.
Reivindicações
Os operários da construção civil pdem 17% de aumento salarial; aumento da cesta básica para R$ 80,00; auxílio combustível; auxílio creche no valor de R$ 120,00; plano de saúde e a cota de 5% de mulheres por canteiro de obra. Nestor Bezerra informou haverá outras manifestações no decorrer da semana.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), em nota, afirmou que o movimento ocorre de forma ilegal, uma vez que a greve não foi decretada oficialmente. Conforme o órgão, já foram realizadas cinco rodadas de negociações, mas não chegaram a um acordo sobre os 17% de reajuste nos pisos, valor superior em mais de 300% do INPC do período, que nos últimos doze meses foi de 5,39%. As empresas da construção civil apresentaram propostas com aumentos reais, sendo o reajuste no piso de 6%, além de outros benefícios.
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