Aproximadamente três mil trabalhadores participaram no início da manhã desta segunda-feira (14) de assembleia realizada no portão de acesso à General Motors, em Gravataí (RS). A categoria rejeitou os valores que estão sendo apresentados pela diretoria da GM e as negociações continuam. Os funcionários reclamam que os salários da unidade de Gravataí não são valorizados conforme a produtividade da planta. A planta gaúcha produz em média 3 vezes mais do que fábricas de São Paulo, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí.
- A negociação não evoluiu quase nada. O que as montadoras querem é tirar o dinheiro dos trabalhadores da América Latina, no nosso caso aqui de Gravataí, para levar para a matriz dos Estados Unidos. Essa submissão dos brasileiros tem que acabar. Vamos parar com os trabalhadores na frente da fábrica para mostrar que não aceitaremos mais isso - discursou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari.
A reivindicação do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí é de PPR inicial de R$ 13 mil e 10% de reposição (incluindo a inflação) e R$ 3.500 de abono salarial. Houve contra-proposta da empresa, mas que ainda não são consideradas suficientes pelos trabalhadores. A intenção da montadora é pagar apenas o índice de inflação e nada de ganho real.
Participaram do ato funcionários do turno que estava saindo e também trabalhadores que entravam na fábrica, às 5h30. A negociação continuará com a empresa em uma reunião marcada para a terça-feira (15).
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