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Notícias

  09/04/2014 

Morte de Byron Queiroz: ele se foi mas suas “obras” permanecem

O falecimento do ex-presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Byron Queiroz, em seguida à renúncia do presidente da Instituição, Ary Joel Lanzarin, coloca em foco as últimas gestões do Banco.
 
Não é exagero atribuir à gestão Byron (mar-1995/fev-2003) a pior fase pela qual o BNB passou.  Foi nesse período que o Banco foi fragilizado a ponto de ainda hoje amargar consequências dos atos praticados contra a Instituição e seus Recursos Humanos. Não há dúvida de que o modelo implantado por ele, sob a orientação neoliberal do governo Fernando Henrique Cardoso, e com sustentação política do então mandatário político do Estado do Ceará, o ex-governador Tasso Jereissati, conspiraram contra os objetivos que se espera de um Banco de desenvolvimento, cuja missão é reduzir as desigualdades da nossa região. Foi uma gestão marcada por denúncias de corrupção, improbidade administrativa, apadrinhamento político, autoritarismo, arbitrariedades contra funcionários da ativa e massacre aos aposentados, com centenas de demissões sem justa causa e até suicídios...
 
É fato também que a gestão Byron continua “viva” para muitos – tanto para os que foram prejudicados com a política autoritária, truculenta e desumana com que administrou o Banco (maioria absoluta), quanto para os que se beneficiaram com esquemas ou privilégios. No entanto, não se pode admitir que todos os males que afligem os trabalhadores do Banco e enfraquecem a Instituição atualmente decorrem apenas desse “fantasma”. Se, passados exatos 11 anos desde a sua saída, e muitas de suas “ações” permanecem, é porque, no mínimo, não houve vontade política e administrativa dos que o sucederam em superá-las. Pelo contrário: diante da “omissão”, as confirmaram!
 
Talvez, não a pior, mas uma marcante maldade entre as tantas praticadas, e que permanece, seja o esfacelamento do plano de previdência complementar dos funcionários (BD – Capef), quase levado à bancarrota, fazendo com que quem se aposenta hoje no BNB perca em torno de 50% do salário quando na ativa, e ainda tenha que arcar com uma contribuição – após aposentado – em mais de 21% - em total descompasso com o que estabelece o estatuto da Caixa e a própria legislação, a qual determina que o benefício deve ser compatível ao salário percebido quando da aposentadoria e com base nos aspectos legais que vigiam quando da adesão ao Plano. Outro exemplo são os trabalhadores demitidos do Banco sem nunca terem retornado por medida administrativa e/ou acordo coletivo de trabalho– o que é possível - e que já fora levado a cabo anteriormente, no BNB.
 
Para a AFBNB, é preciso que se chame à responsabilidade as gestões desde a era Byron; que se traga à luz do debate político o que motiva e a quem servem os interesses das administrações que estiveram à frente do BNB nos últimos anos. Assim, a Associação reafirma que não se pode admitir que o BNB seja tratado como “moeda de troca da barganha política”, cujos efeitos, nada satisfatórios, como a história tem comprovado, recaem sobre os trabalhadores; que a definição de cargos como a Presidência não seja fruto do leilão entre partidos e coronéis que se auto intitulam mandantes da situação; e principalmente que os trabalhadores do BNB sejam respeitados, reconhecidos e valorizados.
 
Urge no BNB a retomada de rumos, a reafirmação e direcionamentos do Banco como órgão de desenvolvimento - não subalterno à lógica perversa do mercado que sacrifica a sociedade em privilégios aos mandatários da economia e da política, por isso transgressora dos propósitos constitucionais da Instituição! É necessário, pois, a reversão de todos os atos maléficos do passado, tanto do ponto de vista institucional, quanto, sobretudo, em relação aos Recursos Humanos, tão carentes do reconhecimento e do restabelecimento dos seus direitos.
 
Cabe, portanto, um esforço conjunto, mas também a compreensão dessa necessidade histórica por parte da Administração do Banco, na perspectiva da busca da solução para os problemas apontados junto aos órgãos que têm a competência para a definição de políticas e medidas pertinentes, principalmente o governo federal. Para tanto, a AFBNB também reafirma seu compromisso e sua disposição.
 
A AFBNB ao lado dos Trabalhadores. Gestão Autonomia e Luta.
Fonte: AFBNB
Última atualização: 09/04/2014 às 16:46:52
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Comentários

Enviado por antonio josimar da silva em 21/04/2014 às 14:53:54
Byron morreu, mas os seus filhotes ainda mandam na CAMED. Um exemplo nefasto é a majoração injustificada. A ANS permite mas não obriga. Muitos poderão ser sacrificado com estes aumentos, até mortes virão.Byron tinha Tasso para defendê-los, Mas os dirigentes da CAMED, não. Os tempos sãooutros. Com o sacrifício alheio, podem sofrer sanções judiciais. E, quando perderem os gordos salários, vão pagar o preço que eles mesmos majoraram.A Justiça Divina, não tarda e nem falta.
Enviado por jose gilson queiroz em 15/04/2014 às 13:02:37
Uma das maiores "obras" deste feitor de maldades e que graças a Deus já se foi, foi a herança deste crápula deixada aos demitidos do BNB. Realmente essa foi a Monalisa pintada por ele. Tomara que o atual Presidente do BNB borre essa obra.
Enviado por ROMULO COSTA MELO em 14/04/2014 às 15:55:54
Esse crápula não deixou saudades.
Enviado por antonio josimar da silva em 13/04/2014 às 21:33:41
Byron Queiroz morreu. Mas os filhotes ficaram, no Jurídico, na Auditoria e na CAMED. Poderiam divulgam uma antiga matéria(na internet) intitulada "Os Homens do Presidente", não consegui localizar em meus arquivos. Lá constam alguns nomes, que hoje "posam" de bonzinhos.
Enviado por Paulo Afonso Ribeiro em 10/04/2014 às 22:53:08
Os artigos que acabo de ler, veiculados nos dias 9 e 10 p. findo, merecem todo respeito e admiração. O conteúdo de ambos, demonstra de forma clara, direta e categórica ações e atitudes firmes e propositivas encetadas peor essa operosa Diretoria. Avante.,
Enviado por Mario Alberto Dantas Segundo em 10/04/2014 às 20:25:56
Byron Queiroz permanecerá vivo enquanto suas injustiças não forem devidamente reparadas. Suas vítimas não são fantasmas, e os que permanecem vivos ainda tê sede de Justiça!
Enviado por José Maria Firmeza de Sousa em 10/04/2014 às 10:49:53
Concordo e parabenizo a publicação da matéria "Morte de Byron...". Trata-se de assunto da mais alta relevância e que está a merecer a atenção de todas as lideranças regionais, principalmente as políticas. Acrescento o grave problema da CAMED que vegeta sem controle e sem satisfações a seus associados, assaltando-os com cobranças que não se sabe de onde vieram.
Enviado por José DANTAS Batista Filho em 10/04/2014 às 09:16:03
Concordo inteiramente com o tema objeto dessa matéria. Realmente, ainda hoje, suas "obras" (no sentido literal da palavra - é isso mesmo o que estão pensando, inclusive com fedor!) permanecem a nos incomodar. Que os antigos "soldados" - ainda na ativa e hoje viúvos, tenham a coragem de se manifestar em defesa do citado malfeitor. Dúvido.
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