A fusão entre os bancos Itaú e Unibanco, anunciada há mais de cinco anos, em novembro de 2008, é fonte de problemas até hoje.
Para o Sindicato, o problema maior é o das milhares de demissões. Elas afetam não só os demitidos e suas famílias, mas também os colegas que ainda têm a sorte de se segurar no emprego. Conforme o balanço do Itaú, divulgado dia 4, mais 2.734 postos de trabalho foram eliminados no ano passado.
Mas agora o problema é outro, e pode atingir em cheio os cofres do banco: no último dia 30, o Itaú recebeu uma pesada cobrança da Receita Federal, de R$ 18,7 bilhões, referente a impostos, multas e juros gerados no processo de fusão com o Unibanco.
A Receita diz que não comenta o assunto por força de sigilo fiscal, mas o próprio banco emitiu uma nota no dia 3 comunicando que a cobrança é desdobramento de uma autuação de agosto de 2013 e que ela é composta de duas partes: uma de Imposto de Renda, cujo valor é de R$ 11,845 bilhões, e outra de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) acrescida de multa e juros, cuja soma alcança os R$ 6,867 bilhões.
O Itaú já protocolou sua defesa, que está em primeira instância na esfera administrativa, mas desde já mostra-se confiante sobre a possibilidade de não ter de pagar a multa. O banco considera que "as operações realizadas em 2008 foram legítimas, aprovadas pelos órgãos da administração das empresas envolvidas e seus respectivos acionistas, e posteriormente sancionadas pelas autoridades competentes, no estrito cumprimento dos requisitos normativos". É esperar para ver.
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