O Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) vai se reunir nesta quarta-feira, 5 de fevereiro, com integrante do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) para colher novas informações sobre possíveis irregularidades no Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
As informações serão incluídas no Inquérito Civil Público que apura supostos atos de improbidade administrativa por parte de ex-gestores do banco, incluindo o ex-presidente Roberto Smith, que atualmente comanda a Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece).
Segundo a procuradora Nilce Cunha, responsável pela condução do inquérito, o objetivo é buscar mais esclarecimentos sobre as apurações feitas pelo TCU e pela CGU, em relação ao volume de operações cujos empréstimos não foram cobrados nem podem ser requeridos.
Para entender
O inquérito atual apura possível ato de improbidade administrativa praticado pelo ex-presidente do Banco do Nordeste (BNB) Roberto Smith, e outros dez ex-dirigentes da instituição financeira. A investigação, iniciada em 2010, complementa ação penal ajuizada pelo procurador da República Edmac Trigueiro, que denuncia os mesmos réus pela prática de gestão fraudulenta.
Segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), os ex-gestores teriam praticado irregularidades na administração dos recursos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), provocando um desfalque superior a R$ 1,2 bilhão nas contas do banco. No último dia 24, Smith afirmou que sua gestão cumpriu todas as determinações feitas pelo TCU em 2008.
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