A AFBNB, por meio da presidenta Rita Josina e dos diretores Assis Araújo e Dorisval de Lima, esteve reunida na manhã desta sexta-feira (13) com a diretoria da CAMED - o presidente Ocione Mendonça, e as diretoras Lilian Rodrigues e Emanuella Faheina, e com o Superintendente em exercício de Desenvolvimento Humano do BNB, Marcos Marineli. Participou também o ouvidor da Caixa Médica, Marcelo Luz.
A reunião teve como pauta o comunicado de reajuste das mensalidades, ocorrido ontem (dia 12 de novembro), por meio de videoconferência, portanto, os ajustes nos planos Natural e Família. Na ocasião, o presidente da Caixa fez uma apresentação da situação financeira e dos argumentos para o reajuste, justificando que se deram devido aos altos custos médicos e às novas exigências da ANS, a exemplo da cobertura de novos procedimentos e do desmembramento das faixas etárias.
A partir da explanação, a diretoria da AFBNB destacou que o fato tem deixado os trabalhadores aflitos sobretudo pela retirada dos genitores do plano Natural, demanda que havia sido conquistada há cerca de dois anos, como forma de possibilitar a sustentabilidade da Caixa. Ademais, a AFBNB foi clara e direta ao apresentar o seu entendimento: não admite que mais uma vez os ônus de sucessivas administrações desastrosas recaiam no trabalhador. Para a Associação, as medidas apresentadas não diferem das tomadas em anos anteriores e que não apresentaram soluções para o cerne do problema: são paliativas, imediatistas, e não trazem à tona o verdadeiro responsável – o Banco – responsável direto pela indicação e nomeação de gestores da CAMED e pela decisão de medidas e rumos tomados até então.
“Essa postura reativa da AFBNB não é por acaso”, afirmou Rita Josina durante o encontro. Ela se referiu à história recente de medidas semelhantes com as mesmas justificativas, estudos, consultorias que se repetem em cada ciclo. Para a entidade, faltou empenho em implementar o que já foi apontado por diversos grupos de trabalho que se debruçaram sobre o assunto (relembre o artigo da AFBNB “A CAMED está na UTI”), além de tratar as denúncias já apontadas nas gestões anteriores. Os diretores da Associação questionaram ainda a falta de diálogo e de transparência do Banco ao decidir um assunto que impacta diretamente na vida do funcionário e de sua família, o que deixa ainda mais indignados os trabalhadores que moram longe dos grandes centros, sem acesso (ou com acesso restrito) na maioria das vezes aos serviços e especialidades de saúde, sem perspectiva de melhorias.
Diante da ressalva feita pelo superintendente de desenvolvimento humano de que várias ações estão sendo pensadas com a intenção de atacar as causas do adoecimento, investindo em prevenção, os dirigentes da Associação concordaram e reforçaram que é exatamente isso que a entidade vem cobrando: a solução de problemas que adoecem o trabalhador, como as condições precárias nas agências, questões previdenciárias, assédio moral e pressão constantes. Para a AFBNB, todas essas questões estão interligadas e remetem a uma questão que parece lógica, mas que precisa ser priorizada pelo Banco: a necessidade de uma política focada no ser humano, em suas especificidades, que procure facilitar e mediar os processos e não torná-los mais sofríveis.
Por fim, a AFBNB ratificou que fosse qual fosse o percentual de reajuste, o impacto seria desastroso. O reajuste apresentado não encontra proporção nos índices dos salários, no plano de cargos, na remuneração do trabalhador. "É lamentável estarmos vivendo essa situação. Na verdade o problema não é o reajuste, o problema é o nosso salário rebaixado, é a omissão do BNB em assumir as rédeas enquanto patrocinador" destacou o diretor Dorisval de Lima. Portanto, a Associação repudia o caminho que parece ser o mais fácil - jogar o peso nos ombros do trabalhado - e mais uma vez cobra do Banco a responsabilização no gerenciamento da CAMED e a adoção de medidas para a sua sustentabilidade.
Reajuste, não! Dignidade, sim!
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