Faleceu nesta quinta-feira (05/12), Nelson Mandela, o principal porta-voz de todo o continente africano. Com saúde fragilizada por problemas pulmonares, Madiba, como era chamada, deixa o mundo aos 95 anos como um exemplo de luta a ser seguido.
Nascido no interior da África, numa pequena aldeia tribal, Nelson Mandela cresceu com senso de coletividade e respeito mútuo até se tornar advogado e militante da não-violência em Joanesburgo, capital da África do Sul.
Dedicou boa parte da vida à luta contra a segregação racial na África do Sul, instituída em 1949. O regime do Apartheid, que separava brancos e negros, foi criticado dura e insistentemente por Madiba, fato que o fez porta-voz dos protestos contra a política segregacionista.
Ciente de que o sistema racista massacrava a população africana, discursava por todo país em busca de aliados e soluções para a luta armada. Amedrontados com o crescimento da popularidade, o governo racista condena-o, em 1963, por sabotagem.
Após 27 anos de confinamento, Mandela finalmente é solto em 1990. Em 1993 recebeu o Prêmio Nobel da Paz pela sua luta contra a violência racial na África do Sul e em 1994 se torna o primeiro presidente negro da África do Sul.
Foram cinco anos de mandato que mudaram a história do país. Nelson deixa um legado de paz e resistência e mostra que as convicções de um povo não podem ser moldadas conforme dizem os opressores. A luta continua e o povo deve seguir o exemplo deste homem.
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