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Queremos crer que não, mas tudo indica que a direção do Banco do Nordeste está bloqueando os emails institucionais da AFBNB. Desde a semana passada, com o fim da greve, os boletins Nossa Voz On Line retornam sem que tenha chegado a seus destinatários. Estranhamente, as mensagens enviadas para emails externos do Banco chegam. Já para os enviados para @bnb.gov.br, não. 

 

Já verificamos e não há qualquer problema técnico com nosso site ou programa de envio. O caso torna-se mais grave diante do cenário em que ocorre: após uma greve sem resultados positivos, os quais sempre foram cobrados pela Associação e em meio a um processo eleitoral para a diretoria da entidade, para o qual  concorrem duas chapas. Na greve, isso também aconteceu e foi questionado pela diretoria da AFBNB (veja ofício). 

 

Alguns fatos relacionados à postura do Banco têm causado preocupação. Senão, vejamos: na última sexta-feira o Banco liberou cinco componentes de uma das chapas para o Sindicato dos Bancários do Ceará, justamente no período dedicado à campanha eleitoral, sem solicitação da comissão que coordena o processo eleitoral e sem contemplar a outra chapa. Outro exemplo: clipping interno do BNB, transmitido aos trabalhadores do Banco via intranet, do dia 20 de outubro, traz matéria com apologia a uma chapa – que por sinal é de oposição à atual diretoria da AFBNB. 

 

A AFBNB - enquanto instituição séria e que preza pela transparência em todos os processos - demonstra mais uma vez preocupação com o fato de não conseguir se comunicar com sua base, sobretudo em um momento pós-greve, quando é necessário continuar cobrando do Banco a solução das pendências históricas que não foram resolvidas nesta greve e dar conhecimento aos trabalhadores – maiores interessados nos assuntos.

 

Se realmente está havendo bloqueio às mensagens da AFBNB é um atentado à democracia, à pluralidade e à liberdade de expressão, além de dar margem à possível ingerência do patrão nas eleições de uma entidade de trabalhadores. Postura como essa não poderia ter outro tratamento que não o veemente repúdio da diretoria da AFBNB.