Encerrou-se agora há pouco a assembleia dos bancários da base do Ceará. Banco do Brasil e Caixa decidiram pelo fim do movimento paredista, enquanto os trabalhadores do BNB votaram pela continuidade da greve, tendo em vista que nada de novo foi apresentado pela direção do Banco e a proposta vigente - que já foi rejeitada - está muito aquém do esperado.
Na Bahia, a decisão foi também pela continuidade, bem como no Rio Grande do Norte, Maranhão, Paraíba, Montes Claros, Sergipe, Alagoas e Garanhuns e região (PE)
Os diretores da AFBNB, presentes à assembleia, ratificam seu posicionamento: o Banco precisa ir além do índice e apresentar novidades de fato que solucionem as inúmeras pendências internas. Negociação sim, não intimidação!
A AFBNB repudia veementemente a postura autoritária do Banco, jamais vista durante uma greve no BNB, sobretudo a atitude tomada na tarde de hoje, quando funcionários receberam telefonemas considerados ameaçadores, pressionando e exigindo o retorno ao trabalho. Além disso, o Banco usou de seus veículos oficiais de comunicação para convocar pessoas a irem à assembleia votar a favor da proposta (já rejeitada). Para a Associação, trata-se de uma postura anti-sindical, que diz respeito à interferência no direito de greve e à livre decisão da base em exercê-lo, além de assédio moral. A entidade entende que essa postura do Banco, de constrangimento, deve ser motivo de interpelação do Minitério Público do Trabalho, podendo os sindicatos agirem nesse sentido.
A diretoria do Banco deveria se ocupar na construção de uma proposta decente, não em formas de ameaçar seus trabalhadores. O governo federal, por sua vez, é corresponsável nessa situação por se eximir à responsabilidade de negociar as questões específicas dos bancos públicos e não apresentar uma propsta que considere as suas especificidades.
|