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Notícias

  10/10/2013 

Artigo: A greve não é só pelos “vinte centavos”

Confira abaixo artigo da presidenta da AFBNB, Rita Josina, publicado no jornal O Estado de hoje:

 

Os bancários em todo o País deflagraram greve. Com toda razão. Só nos últimos doze meses, os bancos acumularam lucros da ordem de R$ 59,7 bilhões. O sistema financeiro mundial – e o Brasil não foge à regra - monta estratégias cada vez mais sofisticadas a favor dos banqueiros, à custa da exploração dos trabalhadores, e da própria sociedade, com a cobrança de taxas de juros e tarifas abusivas.

Nas últimas duas décadas, os bancários foram desumanamente desrespeitados em seus direitos e em sua dignidade. Os bancos aviltaram os salários e enxugaram seu quadro de pessoal, ao passo em que alavancaram enormemente seu lucro, como consequência do aumento dos negócios nas unidades bancárias. O bancário, assim, vê-se sobrecarregado, subordinado a condições estressantes de trabalho, pressão por metas, demissões injustas, assédio moral, e outros ultrajes: é a ganância dos donos do capital.

É inconcebível que bancos que acumulem lucros no patamar descrito acima pratiquem correção salarial de apenas 7,1%, índice que representa algo em torno de 1% além da inflação do mesmo período. É evidente que algo está errado! E certamente não é o trabalhador, que em todo o País cruza os braços e resiste a propostas irrisórias dos banqueiros e do governo federal, este último o maior responsável, por ser o patrocinador dessa “farra dos banqueiros” sem o menor constrangimento.

No BNB, instituição federal cuja missão é contribuir para o desenvolvimento sustentável da região, a greve é a mais pujante dos últimos anos, tendo paralisado mais de 95% das agências, e com fortíssima adesão na direção geral, em Fortaleza.

Para a Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB), que representa e assiste os trabalhadores vinculados à entidade, a greve no Banco não é apenas pelo índice de reposição salarial, mas por uma série de pendências de recursos humanos, as quais têm sido negadas pelas sucessivas gestões do BNB, sobretudo nos últimos 20 anos, em que pese as cobranças que a AFBNB tem feito nesse período.

Os trabalhadores do BNB estão em greve também pelo fim do trabalho gratuito, das terceirizações, pela convocação de todos os aprovados em concurso, por dignidade previdenciária e de saúde, meritocracia, isonomia de tratamento, reintegração dos demitidos injustamente na gestão Byron Queiroz, quitação de passivos trabalhistas, Plano de Cargos e Remuneração digno... Enfim, porque merecem ser respeitados e reconhecidos por seu compromisso, dedicação e responsabilidade no cumprimento da nobre missão do Banco.

Fonte: Jornal O Estado
Link: http://www.oestadoce.com.br/noticia/greve-nao-e-so-pelos-vinte-centavos
Última atualização: 10/10/2013 às 10:46:49
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Comentários

Enviado por Dorisval em 13/10/2013 às 23:55:57
Companheiros, convém enfatizar que a nossa luta, além dos patrões, também é dificultada pelo comando da greve-Contraf-cut, pois este se superou e conseguiu ver avanços na proposta rebaixada, (des)orientando pela aceitação. Ainda bem que foram derrotados pela base. A greve continua, com nossa orientação neste sentido. Também não é demais lembrar que a AFBNB não integra a comissão que negocia com o BNB, por ter sido burocrática e inexplicavelmente excluída pelos "comandantes". Logo, as propostas ou acordos costurados não de responsabilidade da Associação, como está informado. Assim, cabe a AFBNB continuar expondo as reais bandeiras de luta dos funcionários do banco na greve e cobrar avanços nas negociações. como ainda não houve, defendemos a continuidade do movimento.
Enviado por Cleilson Laurentino em 11/10/2013 às 09:01:51
Mais uma vez a greve deverá acabar quando da concessão dos 8%. Aí eu vos pergunto: E o restante das reivindicações? Vão para a mesa permanente? Dá para acreditar nesse modelo de defesa dos direitos? Parece até um jogo de cartas marcadas: vocês pedem 12%, nós oferecemos 6%. Vocês fazem a greve, nós aumentamos pra 8 (ou 7,5) e a greve acaba. As demais pautas a gente enrola juntos. Ainda vem um moleque dizer que nós estamos com medo de perder a bocada. Façam-nos um favor, sejamos coerentes.
Enviado por Marcos Antonio. em 10/10/2013 às 21:09:43
As justas e acumuladas Reivindicações dos Bancários ficam numa posição muito desfavorável por causa da Intrigante Intransigência e ou tremenda Indiferença Patronal, pois, mesmo sabendo-se da estupenda, constante e sempre ascendente alta Lucratividade do Setor Financeiro percebe-se que não há a mínima vontade política por parte dos Donos dos Bancos capaz de facilitar o tão importante e indispensável diálogo que deveria sempre existir entre as vertentes eternas da vida...: Capital x Trabalho e, sendo assim, a Greve é justamente o ápice da demonstração pacífica do abuso da paciência da Categoria Bancária, a qual, já não sabe mais o que fazer para maneirar a mega-insensibilidade dos poderosos, indiferentes e arrogantes Banqueiros. Saudações. Avante Bancários!
Enviado por Dorisval em 10/10/2013 às 20:22:52
O artigo foi elaborado no momento em que os banqueiros e governo aumentaram a proposta inicial em 1%. A mesma denunciou a insignificância diante das demandas da categoria, em especial no BNB, cuja luta vai muito além da reposição salarial, ou seja, é por um conjunto de questões específicas. Parabéns à Presidenta da AFBNB pela precisão na mensagem.
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