A Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB) realizou, na última sexta-feira, um café da manhã de protesto, em frente à agência do BNB, no Centro de Fortaleza. A mobilização foi contra o descaso e o silêncio, por parte da direção do Banco, diante da greve da quase totalidade de seus trabalhadores.
No BNB, 213 de um total de 224 agências estão paralisadas. A mobilização forte justifica-se não apenas pelo índice proposta pelo comando de greve, mas, sobretudo, por inúmeras pendências e reivindicações antigas para as quais nunca foram dadas respostas positivas, como problemas relacionados à caixa de previdência dos funcionários; trabalho gratuito nas agências, devido à escassez de mão de obra; práticas de assédio moral; revisão no plano de cargos; dentre outras questões.
REPROVAÇÃO
Durante os discursos, os diretores da Associação reprovaram a pressão que alguns trabalhadores do Banco vêm sofrendo para que retornem ao trabalho e cobraram do Banco a responsabilidade em apresentar uma proposta decente, e não ficar esperando pela proposta da Fenaban. “Afinal, o BNB é um banco público, e seu patrão não é o banqueiro privado e sim o Governo. Logo, as questões específicas do BNB é responsabilidade da diretoria do Banco”, informa a AFBNB.
A Associação também questionou o prêmio recebido recentemente pelo Banco, promovido pela Editora Gestão & RH, por melhores práticas de gestão de pessoas. Para a entidade, os problemas que levaram os funcionários à greve decorrem justamente da ausência de uma política de recursos humanos eficaz, e, por isso, apelidaram o prêmio de troféu abacaxi.
O ato foi chamado de Café Positivo, em referência à campanha da AFBNB, recém lançada, “Aja Positivo – Porque pensar positivo é bom; agir positivo é melhor ainda!”. A campanha pretende estimular a direção do BNB a ir além do pensamento (como proposto na campanha publicitária “Pense Positivo”, do Banco), e, partir para concretização das reivindicações, muitas delas que podem ser solucionadas com vontade e ato administrativo, sem esperar a negociação das cláusulas econômicas.
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