Hoje é o décimo segundo dia de greve dos bancários. O movimento paredista, que continua forte, coeso e crescente é culpa dos patrões, do setor privado (banqueiros) e do setor público (governos - representados pelos administradores dos bancos públicos), por se fecharem às negociações com uma proposta ridícula de reposição salarial miserável de 6,1%, além de fazerem pouco caso das demais reivindicações da categoria. Essa postura inconsequente da patronal, que impulsionou os trabalhadores à greve, também prejudica a sociedade, pois obriga o cliente a buscar alternativas para honrar seus compromissos e o impede de realizar negócios e outros serviços peculiares.
Diante desse estado de desrespeito, de descaso e de insensibilidade, é fundamental a união de todos, para aumentar o poder de pressão que a greve exerce sobre os patrões, e assim exigir que as negociações sejam reabertas urgentemente. Nos últimos doze meses os bancos lucraram 59,7 bilhões de reais, conforme relatório do Banco Central divulgado na semana passada. Mágica? Que nada! Isso é o resultado da exploração ao bancário e ao povo: baixos salários, metas incompatíveis com as condições de trabalho, extrapolação da jornada (trabalho gratuito), assédio moral, demissões injustas, adoecimento, altíssimas taxas de juros, tarifas exorbitantes, falta de segurança, por exemplo, ilustram a triste realidade do trabalhador nos bancos, e denunciam a vida nababesca dos beneficiados por essa farra, que se apropriam dos resultados e abocanham a maior fatia do bolo, tudo sob as bênçãos do Governo Federal, que dá o aval a essa farra sem qualquer pudor.
Logo, não é difícil concluir que os bancos têm condições de atender às justas reivindicações da categoria, sobretudo o piso salarial, que tem como referência o cálculo do DIEESE para o salário mínimo (RS 2.800,00). Daí a razão pela qual do lado de cá não resta outra opção para o momento que não seja o recrudescimento da greve. Portanto, todos à luta! Queremos negociação já, e com avanços significativos.
No BNB, o responsável é a diretoria do Banco, não a Fenaban
No BNB, o movimento paredista continua positivo e contabiliza adesões a todo instante. Das 222 agências, 214 se encontram paralisadas (96%), além de várias unidades da Direção Geral em Fortaleza (CE) e nos demais estados.
Da mesma forma como nos demais bancos federais - BB, CEF e BASA - a culpa e a responsabilidade da greve no BNB é da Superior Administração. Logo, não se justifica a desculpa esfarrapada de que é preciso esperar a Fenaban para se ter uma proposta. Isso é o mesmo que "lavar as mãos na bacia de Pilatos", "fugir da raia", “tapar o sol com uma peneira” e fingir que o "negócio não é comigo". Isso não é pensar positivo! É agir negativo.
A Fenaban é responsável pelos bancos privados. O responsável pelo BNB é a sua Administração, presidente e diretores. As questões salariais e demais pendências específicas são peculiares do BNB. Portanto, não se façam de rogados, senhores! Ajam positivo e apresentem uma proposta digna, que aponte na perspectiva da solução de problemas históricos, de direitos negados ao longo de anos pelas sucessivas administrações. Do contrário continuarão sendo responsabilizados pelo Banco estar parado, acarretando danos à sociedade e à própria instituição. A oportunidade da solução está com vocês. Com a palavra (e com a ação), suas excelências, os Administradores do BNB.
Trabalhadores do BNB em luta!
A AFBNB ao lado dos trabalhadores!
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30/09/2013
