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Hoje, 28 de agosto, comemora-se o Dia do Bancário. A lei que instituiu a data – Lei nº 4.368/1964 – em seu artigo 1º assim diz: “Fica instituído o ‘Dia Nacional dos Bancários’, com a finalidade de manter a unidade e fortalecer os laços fraternais que ligam os componentes dessa categoria profissional em todo o País”. O fato motivador da data remonta há anos antes, à greve histórica de 69 dias, em 1951, mantida pelos bancários paulistas diante da insensibilidade dos banqueiros.
Para alguns, o texto da lei talvez não dê a dimensão do que signifique “manter a unidade e fortalecer laços” entre bancários. Manter a unidade da luta não significa seguirem todos a mesma cartilha, mas sim entenderem a necessidade da luta coletiva, autônoma e do não arrefecimento diante das pressões do patrão. Fortalecer laços fraternais é se solidarizar não só por palavras, mas por atos, se somar às reivindicações da categoria, respeitando e considerando as especificidades das relações de trabalho, por exemplo, as diferenças entre bancos públicos e privados.
Para a AFBNB, a data deve nos remeter a reflexões como o papel do trabalhador no sistema bancário, cada vez mais automatizado e que não mede esforços para aumentar os lucros e sobretudo, como a categoria deve pensar sua forma de organização e mobilização tendo em vista o cenário atual.
Receita pronta para a organização certamente não existe! Mas sem participação, diálogo, coragem e disposição para o enfrentamento, ou seja, sem luta concreta, nenhuma fórmula terá êxito! Estamos em plena campanha salarial. No BNB as primeiras negociações não avançaram em absolutamente nada, como era de se esperar. Afinal, as conquistas advêm da luta e não da bondade do patrão!
Portanto, neste Dia do Bancário, em especial para os trabalhadores do BNB, motivos para arregaçar as mangas e partir para a mobilização têm de sobra: perdas salariais, necessidade de revisão do PCR e Plano de Funções, trabalho gratuito, falta de isonomia, privilégios, assédio moral, falta de transparência etc etc etc. Para além dessas questões, é preciso também mobilização para a essência do papel do banco público com as questões sociais, e no caso específico do BNB, o cumprimento da missão desenvolvimentista e do compromisso com o Nordeste e seu povo, para não ser contaminado pela lógica perversa do mercado.
Os brasileiros mostraram nas ruas, recentemente, sua insatisfação generalizada com o sistema. Se você também está insatisfeito, cansado de ser explorado, não reconhecido e desvalorizado, não se acomode, não se acostume. A acomodação favorece um lado, e esse lado não é o do trabalhador! A reação acontece no dia a dia, ao denunciar desmandos de toda ordem, ao não se submeter ao trabalho gratuito, ao fortalecer as entidades representativas, ao participar dos fóruns da categoria, da greve e das demais manifestações em decorrência ou não da campanha salarial. No dia 30, as centrais sindicais organizam atos em todo o Brasil. A AFBNB fará manifestação no Passaré (Fortaleza).
Parabéns a todos os bancários e bancárias, em especial, do BNB! Sigamos juntos, na luta por um presente digno e um futuro melhor para a categoria!
A AFBNB ao lado dos trabalhadores!
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