Há muitos anos a AFBNB bate insistentemente na tecla do fim do trabalho gratuito no Banco do Nordeste do Brasil. Como se sabe, no Banco o trabalho gratuito se traveste de horas-extras não remuneradas. Consiste no seguinte: o funcionário trabalha além do seu expediente normal e, quando vai receber as horas-extras trabalhadas, fica a ver navios, ou quando muito não recebe o correspondente às horas gratuitas efetivamente.
Na terça-feira, 6 de agosto, o Ambiente de Gestão de Pessoas enviou comunicado aos gestores ressaltando que “a Diretoria Executiva do Banco não aprovou dotação de horas extras para este ano de 2013, sendo assim, toda e qualquer necessidade de realização de horas extras deverá ser previamente solicitada a sua respectiva Superintendência, a qual submeterá o assunto à Superintendência de Desenvolvimento Humano para análise e autorização”.
Para a AFBNB, o comunicado do BNB funciona como uma institucionalização oficial das horas-extras não remuneradas. Isso porque todos sabem que, devido às pressões por metas e resultados financeiros que contribuem para um ritmo de trabalho cada vez maior, principalmente nas agências, é comum – corriqueiro até - funcionários trabalharem além das seis horas legais.
Com a decisão oficial do Banco de burocratizar ainda mais o pagamento destas horas-extras devidamente trabalhadas, os direitos dos funcionários sofrem mais um ataque. Neste sentido, é de extrema importância que os trabalhadores não se submetam a mais este tipo de abuso dentro do BNB. Não trabalhem além do seu expediente, a não ser que seu gestor tenha previamente se articulado com a Direção Geral e obtido a autorização para o funcionário realizar horas extras – que, obviamente, devem ser devidamente pagas.
Caso não ocorra desta forma, é fundamental que o funcionário entre em contato imediato com a AFBNB ou com o sindicato para que estes cumpram o seu papel de encaminhar a denúncia e cobrarem o reparo de tal descumprimento da lei.
NÃO AO TRABALHO GRATUITO NO BNB!
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