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A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará promoveu no dia 9 de julho, por solicitação do Sindicato dos Bancários do Ceará, audiência pública para discutir o descumprimento por parte do Banco da ação de equiparação das funções do BNB ao Banco do Brasil. A convite da presidente da Comissão, deputada Eliane Novais, a AFBNB esteve presente, representada pela presidenta Rita Josina Feitosa da Silva e pelo diretor de Organização Assis Araújo.
Para decepção dos presentes funcionários, beneficiários da ação, a direção do BNB não compareceu nem enviou nenhum representante sob a justificativa de que aquele não seria o fórum adequado para tratar daquele assunto, resposta que foi rechaçada por todos os presentes, inclusive pela presidenta da Comissão de Direitos Humanos, deputada Eliane Novais. Para ela, é no mínimo estranho o fato de o Banco não querer ir à casa do povo para dialogar com os trabalhadores. “Essa postura não é adequada aos dias de hoje”, afirmou a parlamentar.
Rita Josina lamentou o desrespeito do Banco e afirmou que os trabalhadores estão vivendo um momento de amargura, citando inúmeras questões específicas para as quais não é dada a devida atenção no sentido de solucioná-las por parte da gestão. Rita citou pontos como a reintegração dos demitidos da gestão Byron Queiroz, a não convocação dos concursados e o incremento de empresas de terceirização, a questão previdenciária, a falta de isonomia e a não quitação de passivos trabalhistas, tanto em ações coletivas ou individuais, tendo o Banco solucionado em alguns estados mas em outros não, como é o caso do Rio Grande do Norte, Maranhão e Bahia, além desta ação em debate.
A presidenta ressaltou que a AFBNB tem feito sistematicamente a cobrança da quitação dos passivos, por se tratar de matéria de direitos conquistados. Ela destacou a importância da mobilização que vem sendo feita pelos beneficiários da ação e reafirmou o apoio da AFBNB. Alertou ainda para o fato de que, caso venham a decidir pelo acordo, o mesmo não poderá ser rebaixado. “É no enfrentamento que conseguimos avançar. Os recentes movimentos no Brasil mostram isso. Se chegamos até aqui, prossigamos reivindicando nossos direitos”, afirmou Rita.
Mais sobre a ação: A ação resulta do não cumprimento de acordo celebrado entre o Seeb-CE e o Banco em 1988. Segundo o Sindicato, 1600 funcionários estão na ação, alguns já falecidos. A ação saiu vitoriosa em todas as instâncias da Justiça, estando hoje na 3ª Vara da Justiça do Trabalho para onde retornou para execução. No próximo dia 29 de agosto haverá audiência de conciliação na Justiça do trabalho. Conforme informou o representante do Sindicato dos Bancários, a reunião poderá ser antecipada caso o Banco apresente proposta antes desta data.
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11/07/2013
