Funcionários do Banco do Nordeste paralisaram suas atividades por duas horas nesta quinta-feira, 27, contra a reestruturação que está em andamento no BNB. O objetivo foi repudiar a atitude truculenta dos diretores do Banco que, passando por cima do próprio código de ética da instituição, decidiu acatar uma reestruturação sem ouvir a classe trabalhadora.
O Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) implementou a decisão dos benebeanos definida em Assembleia Geral Extraordinária realizada na última quarta-feira, dia 26, de realizar a paralisação. Durante a paralisação, quase 100% dos funcionários paralisaram suas atividades e juntaram-se aos representantes do SEEB/SE na frente da agência Centro.
“A reestruturação vem sendo planejada há 5, 6 anos e foi decidida de forma unilateral – sem que a posição dos trabalhadores fosse lavada em conta”, reclama o engenheiro agrônomo Elizeu Mann, funcionário do BNB e diretor do Sindicato dos Bancários de Sergipe.
Elizeu definiu a posição do Banco do Nordeste como intransigente e afirmou que cerca de 50% dos funcionários do banco atualmente são terceirizados. O que, segundo ele, se tornará uma prática recorrente, caso a reestruturação tenha mesmo validade.
“A reestruturação não valoriza de maneira alguma o funcionário do banco. Um contraste, pois o BNB vem crescendo muito e esse crescimento depende quase em sua totalidade do empenho do funcionário. E o banco só cresce se respeitar e valorizar o funcionário”, ressalta Elizeu.
Para Djalma Moura, funcionário do BNB, “as consequências da reestruturação que está sendo imposta pelo BNB distancia o funcionário da legitimidade de opinar sobre insatisfações evidentes. “Houve tentativas de conversa com a direção, mas elas foram negadas”, informa.
Segundo ele, está havendo um retrocesso que se assemelha à época de Byron Queiroz – fazendo referência ao período em que o banco era presidido pelo citado e marcou uma infeliz época com casos de autoritarismo, injustas demissões, improbidade administrativa e corrupção.
O Sindicato dos Bancários não permitirá que a categoria esteja vulnerável aos atos intoleráveis praticados pela presidência do Banco. O SEEB não defende a reestruturação impositiva do Banco do Nordeste.
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