Diretores da AFBNB estiveram reunidos na manhã da última quinta-feira (dia 13) com o diretor de estratégia administrativa e de tecnologia da informação, Nelson Antônio de Souza, com o novo superintendente de Desenvolvimento Humano, Alan Teixeira da Rocha e com o assessor da diretoria, Luciano Comin. Pela AFBNB participaram a presidenta Rita Josina, os diretores Dorisval de Lima, Assis Araújo e Adstoni Bezerra e o conselheiro fiscal Henrique Moreira. A reunião tratou de pendências já encaminhadas pela Associação, priorizando o tema que tem causado maior preocupação e clima de instabilidade e que tem sido demandado pela base nos últimos dias: a reestruturação.
A AFBNB enfatizou seu posicionamento desde mesmo antes de ter iniciado de fato o processo de reestruturação: de que em primeiro lugar deveria estar o respeito ao trabalhador, já traumatizado e submetido a situações constrangedoras em iniciativas passadas semelhantes. Os dirigentes da Associação reforçaram a necessidade da afirmação do caráter de banco de desenvolvimento como pano de fundo e essencial para as transformações que decorrem dessa reestruturação. Na avaliação da AFBNB, o Banco poderia ter aproveitado as mudanças dessa revisão organizacional para resgatar também os planos de cargo e de função, quitação dos passivos trabalhistas além de apresentar uma solução que restabelecesse a dignidade previdenciária de seus trabalhadores, em especial a situação dos funcionários já aposentados pelo INSS.
A Associação tem afirmado veementemente que não é contra o mérito, mas contra o método, ou seja, contra a forma como as informações vêm (ou não) sendo repassadas ao longo das etapas decorrentes da reestruturação, algumas inclusive ainda sem o devido esclarecimento sobre os critérios que as justifiquem. Durante a reunião, os diretores da entidade citaram exemplos de total desrespeito e práticas humilhantes para o trabalhador, como a afixação de lista com os nomes dos que ficarão sem lotação definida, além de postura de gestores que afirmam apenas “estar cumprindo ordens da diretoria”, ou que está escolhendo os melhores talentos.
O diretor Nelson reconhece que existem excessos por parte de alguns gestores, mas que esse tipo de postura não será tolerada pela alta administração nem tem seu aval. Para ele, essa é uma cultura da perseguição que precisa ser modificada no Banco. “Ou cada gestor do Banco assume sua responsabilidade de gestor de pessoas ou vamos ter que agir. Não abrimos mão do respeito ao trabalhador”, afirmou ele, dizendo que o tempo de “gerir pra cima” acabou.
Os diretores da Associação cobraram ainda que o Banco acompanhe, conduza e facilite a realocação das pessoas que estão, no momento, em situação indefinida, para evitar mais constrangimentos e exposições desnecessárias. Os representantes do Banco informaram que, após receberem as informações de todas as áreas, estas serão centralizadas na área de desenvolvimento humano, que fará essa intermediação.
Para a AFBNB, não pode existir a ideia de dois Bancos: um da Direção Geral e outro das agências. Por isso, é urgente que se estabeleça a isonomia de tratamento entre direção geral e agências como parte de uma política efetiva de valorização das agências. Os diretores questionaram ainda a legitimidade dos processos de concorrência, uma vez que em alguns casos os critérios são excludentes, e por vezes o resultado já seria conhecido mesmo antes de concluído o processo. Surpreso com a denúncia, o diretor Nelson Antônio foi incisivo: “não aceitaremos concorrência viciada”, afirmou. Ele informou que todas as denúncias devem ser encaminhadas para que sejam averiguadas e tomadas as devidas providências.
Reunião com a Superintendência – A AFBNB agendou para a próxima terça-feira pela manhã reunião com o recém empossado superintendente de desenvolvimento humano, ocasião em que devem ser tratados inúmeros assuntos inerentes à área, que têm sido demandados à AFBNB.
Avaliação – Para a presidenta da AFBNB, Rita Josina, a Associação tem insistido em levar as questões que chegam à entidade para a diretoria do Banco em reuniões como essa. “Apresentamos os problemas, deixamos claro qual é o posicionamento da entidade e cobramos do Banco os devidos desdobramentos e encaminhamentos. Nosso papel é esse, de encaminhar, cobrar e acompanhar. É isso que temos feito e continuaremos fazendo. Entendemos que a reestruturação é necessária, mas os trabalhadores não podem pagar por más gestões. Portanto, não podem ser penalizados como se fossem culpados de algo. Ao contrário, eles são os responsáveis diretos pelos bons resultados apresentados ao longo da história do Banco e pela própria construção dessa história”.
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