No último dia 11 de junho, os trabalhadores do BNB receberam comunicado informando sobre alterações na CIN-Pessoal, no capítulo que trata das normas de conduta.
O documento traz regras comportamentais que devem ser seguidas, que vão desde a vestimenta à postura frente a assuntos do Banco. Nada contra, desde que as exigências e a obrigatoriedade valham, também, para o Banco e seus gestores em relação ao conjunto dos trabalhadores. Por oportuno, a AFBNB lembra que editou e deu ampla repercussão ao perfil do gestor idealizado pela entidade como forma de contribuir para novas práticas no BNB (relembre aqui: http://www.afbnb.com.br/arquivos/File/Perfil%20do%20Gestor%20BNB.pdf ).
No entendimento da AFBNB, o ditado “a ingratidão perde a afeição” cabe direitinho na relação entre funcionários e direção geral. O que dizer dos inúmeros casos de assédio moral praticados BNB afora e sem o devido tratamento institucional por parte do Banco? O que dizer da exposição nada solidária a que foram submetidos alguns funcionários, ao vivo, por videoconferência, durante a reunião de administradores do Banco? Como ser leal, zelar, cuidar, não se indignar com o patrão quando este ignora por anos a fio questões que atormentam, adoecem e desestimulam seus trabalhadores?
A lista é grande: isonomia de tratamento, PCR defasado, assédio moral, não pagamento de passivos já ganhos na Justiça, não solução para o problema dos aposentados, discrepância no atendimento médico dos que trabalham nas capitais e daqueles do interior, falta de infraestrutura adequada ao pleno desempenho dos trabalhos em várias agências, extrapolação da jornada sem o devido pagamento de hora-extra, escassez de mão de obra – que gera sobrecarga de trabalho e seria resolvido com a convocação de concursados...
Como exigir que os trabalhadores “cumpram seus compromissos de ordem moral e econômico-financeira” se a própria instituição não cumpre os seus? Os passivos trabalhistas estão aí para provar!
A AFBNB não é contra qualquer medida que venha a fortalecer o Banco, ao contrário, luta diária e incansavelmente para ver o Banco do Nordeste forte, valorizado e desempenhando de fato o papel para o qual foi instituído: contribuir para o desenvolvimento sustentável da região. Mas, esse fortalecimento e essa boa imagem do Banco não podem ser forjados no medo e na punição a quem questione o que se passa entre os muros da instituição. A boa imagem deve ser uma consequência natural dos processos cotidianos, e ela é construída de dentro para fora, a partir do zelo e do cuidado da instituição com os seus trabalhadores.
- AFBNB presente na luta pelo fortalecimento do BNB e respeito aos trabalhadores!
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