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Nestes dias trabalhadores do Banco do Brasil votarão em segundo turno para eleger um representante dos funcionários que integrará o Conselho de Administração (Caref) daquela instituição. Na Caixa, a eleição foi adiada mas deve ser realizada em breve. No Basa, já foram realizadas duas eleições.
A figura do conselheiro representante já existiu no passado, inclusive no BNB. Foi extinta no governo de Fernando Henrique Cardoso e recriada em 2010, com a lei nº 12.353 - que dispõe sobre a “participação de empregados nos conselhos de administração das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e dá outras providências”.
Como a referida lei já está em vigor há mais de dois anos, já tendo sido posta em prática em outras instituições, é muito importante que o BNB também a implemente.
No BASA, o conselheiro eleito é o funcionário Antônio Ximenes Barros em seu segundo mandato, tendo contado com o apoio da Associação dos Empregados do BASA (AEBA). Em conversa com a equipe de comunicação da AFBNB, Ximenes falou de pontos que fragilizam a lei e a participação efetiva do conselheiro representante - como a limitação imposta pela Lei da participação do conselheiro em matérias que tratem de benefícios dos trabalhadores - mas destacou que, apesar disso, trata-se de uma conquista. “Queiramos ou não, ter um empregado eleito no Conselho de Administração incomoda a alta gestão do Banco. Além disso, embora a participação do conselheiro se limite a decisões de caráter gerencial, de direcionamentos estratégicos, ele deve avaliar em como determinado direcionamento pode impactar nos empregados e colocar o dedo, como foi aqui na discussão em torno da lateralidade”, avalia Ximenes.
Outro ponto positivo destacado por Ximenes é o fato de ter um funcionário eleito sabendo de tudo que acontece e é discutido na alta gestão. Ele ressalta a importância da cobrança dos trabalhadores do BNB para que faça valer a lei e chama a atenção para que sejam vigilantes, de forma que não permitam que pessoas com cargo de gestão se candidatem à vaga. “A vaga é para ser para empregado que seja livre e não tenha cargo de gestão. Gerente não representa o empregado, representa o patrão! Aqui, no BASA, isso tem funcionado”, explica. Ximenes reforçou ainda a importância de o conselheiro estar sintonizado com a Associação, no caso dele, com a AEBA, por representar todos os trabalhadores da instituição.
Para a AFBNB, é preciso que haja mobilização dos trabalhadores e das entidades representativas no sentido de aperfeiçoar a lei, permitindo ao conselheiro representante eleito acesso irrestrito a toda e qualquer discussão no âmbito do conselho de administração, com direito a voz e voto. Isso não impede, no entanto, que o Banco agilize o processo interno e proceda de imediato com a eleição de um representante de seus trabalhadores.
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