O Banco do Nordeste (BNB) ainda é o único a operar recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), cuja operação passou a ser compartilhada com a Caixa Econômica e Banco do Brasil (BB) no final do ano passado, segundo a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Entretanto, Caixa e Banco do Brasil devem começar a usar os recursos em junho, para projetos eólicos e a construção da fábrica da Fiat, em Pernambuco.
Segundo Henrique Tinoco, diretor de gestão de fundos e incentivos e de atração de investimentos da Sudene, os empréstimos já contratados com recursos do FDNE somam R$ 4,15 bilhões, com desembolso para os próximos dois anos. Desse total, R$ 2,2 bilhões são em operações via Banco do Brasil, R$ 1,2 bilhão pela Caixa Econômica e R$ 700 milhões do Banco do Nordeste. “Ainda é muito cedo para ter havido desembolso pelas novas regras que incluíram Banco do Brasil e Caixa Econômica. Mas isso já está começando”, diz Tinoco.
O desembolso para Caixa e BB deve começar em junho segundo Tinoco, com R$ 1 bilhão para ambos os bancos. No mesmo período, a previsão é de 500 milhões em desembolso para o BNB. “Por causa da aprovação das usinas eólicas e da Fiat, há a previsão de um desembolso entre R$ 1 bi e até o meio do ano para as novas operações via BB e CEF”, explica.
Apesar de ser operador preferencial do FDNE, não há regras que delimitem a escolha dos empresários conforme Tinoco. “O cliente vem em busca dos recursos do FDNE e colocamos que o BNB tem mais expertise, mais estrutura para análise, mas é o cliente que decide por qual banco ele pegará os recursos.
Eficiência
Segundo o presidente do BNB, Ary Joel Lanzarin, a nova esteira de crédito do Banco começa a funcionar em 1º de junho, o que garantirá competitividade ao estabelecer prazos entre 15 e 45 dias para a conclusão das operações. “O que vai definir se a empresa vai fazer a operação com banco A, B ou C é a eficiência operacional a expertise”.
Ary Joel ressalta que outro passo para a competitividade do BNB é o aumento de sua presença nos municípios, por meio da abertura de cem agências entre 2012 e 2013, e o compartilhamento de sistemas com o Banco do Brasil e Caixa Econômica, o que significa mil novos pontos de atendimento para os clientes do Banco do Nordeste. “Não vamos transferir cliente, nada disso. Somos nós quem vamos conceder o crédito, mas de maneira mais fácil. É um modelo semelhante ao do Banco 24 Horas”, detalha.
Também está nos planos do Banco do Nordeste ampliar em duas horas o horário de atendimento nas agências. “Entre 29 abril e 10 de maio, fizemos um piloto. Estávamos com um plano de comunicação muito intenso para chamar produtores a renegociar. Mas precisamos ver se há demanda, se é viável implantar.
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