O jornal cearense O Estado publicou no dia 31 de maio artigo assinado pela presidenta da AFBNB, Rita Josina Feitosa da Silva, sobre recente declaração do ex-presidente do BNB, Byron Queiroz, na imprensa cearense, na qual afirmou ter salvo o BNB. Confira artigo na íntegra.
A gestão Byron Queiroz e o mal que ela fez
Recentemente, blog jornalístico publicou nota na qual o ex-presidente do Banco do Nordeste do Brasil, Byron Queiroz, afirmou ter salvo o BNB do desmonte durante sua gestão. Trata-se de uma grande inverdade!
A gestão Byron jamais salvou o BNB de nada. Pelo contrário, foi, sem dúvida, uma gestão marcada pela corrupção, improbidade administrativa, autoritarismo, demissões injustas, suicídio de funcionários...
Não é à toa que o ex-presidente responde a vários processos na Justiça decorrentes de sua gestão à frente do BNB. De início, teve as contas condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ademais, a lista de condenações judiciais da gestão Byron Queiroz é extensa: improbidade administrativa, irregularidades em contas públicas, gestão fraudulenta, formação de quadrilha...
Não é demais lembrar o mal causado aos aposentados e ativos do Banco por conta da má gestão que a referida gestão deixou na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (Capef).
De forma arbitrária, Byron extinguiu o cargo de conselheiro eleito da Capef, aumentou a contribuição dos aposentados de 20% para 35%, implantou uma taxa extra de 15%, alterou à revelia o Estatuto da Caixa, proibiu a entrada de aposentados na sede da Capef, ignorou os pareceres do Conselho Fiscal da entidade e das decisões judiciais favoráveis aos aposentados e suspendeu o repasse da parte do Banco nas contribuições.
Em 1997, com o desmonte e a improbidade administrativa que reinava à solta no Banco e na Capef, a então Secretaria de Previdência Complementar determinou a intervenção federal na Caixa de Previdência. Para piorar a situação, uma lei de 1998 previa aporte de recursos da União aos fundos de pensão das estatais que encontravam-se deficitários, bastando para tanto a solicitação do patrocinador, no caso o BNB. Isso foi feito na Previ (BB), na Petros (Petrobras) e em outros fundos afins, mas não foi realizado no BNB por descaso da gestão Byron, que não solicitou o aporte dos recursos.
Em suma, a gestão do ex-presidente Byron Queiroz representa para a instituição BNB, para os funcionários e para as entidades representativas do Banco uma administração temerária, marcada, como supracitado, por fraudes, rombos bilionários, corrupção, perseguição aos funcionários e autoritarismo digno de um regime ditatorial. Byron é uma lembrança infeliz para o Banco do Nordeste do Brasil. É persona non grata ao BNB e à sociedade nordestina.
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