O ex-presidente foi condenado diversas vezes pelos desmandos administrativos da sua gestão (Charge: AFBNB)
No último dia 23 de maio, o blog do jornalista Roberto Moreira publicou nota na qual o ex-presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Byron Queiroz, fala que salvou o Banco do desmonte durante sua gestão.
Ora, trata-se da maior das inverdades das muitas que o ex-mandatário do BNB já proferiu. A gestão Byron jamais salvou o Banco do Nordeste de nada. Pelo contrário, foi, sem dúvida, uma gestão marcada pela corrupção desenfreada, improbidade administrativa, apadrinhamentos políticos, autoritarismo e arbitrariedade, com centenas de demissões sem justa causa e suicídio de funcionários.
Não é à toa é que o ex-presidente responde a vários processos na Justiça decorrentes de sua gestão à frente do BNB. De início, teve as contas condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Além do mais, a lista de condenações judiciais da gestão Byron Queiroz é extensa. Byron já foi condenado por improbidade administrativa, irregularidades em contas públicas, gestão fraudulenta, formação de quadrilha... ufa!
A justiça no Brasil, todos sabem, à parte a lentidão, é, amiúde, falha, além de seletiva. O pobre fica preso às vezes anos por roubar galinha do quintal do vizinho; por outro lado, criminosos do colarinho branco, de paletó e gravata, que lesam o Erário recebem como prêmio a impunidade.
Merece destaque também lembrar o mal causado aos aposentados e ativos do Banco por conta da má gestão que a direção do ex-presidente deixou na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (Capef). Com o autoritarismo que lhe era peculiar, Byron extinguiu o cargo de conselheiro eleito da Capef, aumentou a contribuição dos aposentados de 20% para 35%, implantou uma taxa extra de 15%, alterou à revelia o Estatuto da Caixa de Previdência, proibiu a entrada de aposentados na sede da Capef, ignorou os pareceres do Conselho Fiscal da entidade e das decisões judiciais favoráveis aos aposentados, deixou de repassar a parte do Banco nas contribuições...
Em 1997, após todo o desmonte da Caixa e a improbidade administrativa que reinava à solta no Banco e na Capef, a Secretaria de Previdência Complementar (hoje PREVIC) determinou a intervenção federal na Caixa de Previdência. Para piorar ainda mais a situação, uma lei de 1998 previa aporte de recursos por parte da União aos fundos de pensão das estatais que encontravam-se deficitários, bastando para tanto a solicitação do patrocinador, no caso o BNB. Isso foi feito na Previ (BB), na Petros (Petrobras) e em outros fundos afins, mas não foi realizado no BNB simplesmente por total descaso da gestão do ex-presidente Byron, que inexplicavelmente não solicitou o aporte dos recursos à União para a Capef.
Em suma, a gestão do ex-presidente Byron Queiroz representa para a instituição BNB, para os funcionários e para as entidades representativas do Banco uma administração temerária, marcada, como supracitado, por fraudes, rombos bilionários, corrupção, perseguição aos funcionários e autoritarismo digno de um regime ditatorial. Byron é uma lembrança infeliz para o Banco do Nordeste do Brasil. É persona non grata ao BNB e à sociedade nordestina.
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