O assédio moral é recorrente nas agências. Funcionários sofrem diariamente com a cobrança de metas. Diretores do Sindicato dos Bancários de Camaçari estiveram no Sindicato da Bahia para denunciar a prática, comum no posto de atendimento do Itaú, localizado em uma fábrica de automóveis.
Segundo a diretora Sulamita Ribeiro, os bancários são obrigados a dar palestras sobre os produtos do banco, de 6h às 23h, em escalas feitas pelo gestor do local. Pior, a empresa não oferece transporte para os funcionários.
Outra queixa é a comparação de produtividade na frente de todos, expondo os empregados a situações vexatórias, além do desvio de função. Os caixas têm de fazer abastecimento e recolhimento de terminais eletrônicos.
A questão do almoço é outro problema. Como a fábrica não permite que a refeição seja levada de casa, os empregados têm de comer no refeitório. Acontece que o tíquete do Itaú não é aceito na empresa, logo, os trabalhadores têm de desembolsar o valor.
De acordo com Sulamita, o clima no local de trabalho é de terror e pânico. O diretor do Sindicato de Camaçari, Ronaldo do Nascimento e o coordenador da entidade, Alberto Neto, estiveram no posto do Itaú para constatar as denúncias. Os dirigentes também já entraram em contato com as Relações Sindicais do banco e aguardam resolução do problema.
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