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Saiu na Imprensa

  14/05/2013 

Seca: articulação regional e a falta de percepção nacional

 

Ontem foi dia da Mobilização Nacional pelo Nordeste, traduzida em manifestações de entidades representativas dos municípios nos nove estados da Região. A ideia foi chamar a atenção do País para a difícil situação de seca que muitos municípios enfrentam e suas consequências para a economia e para a vida da população, mas também para o Brasil.

A maior seca dos últimos 50 anos expõe de maneira muito clara o quanto falta ainda, em termos de ações estruturais, para dotar o semiárido brasileiro das condições básicas para conviver com o fenômeno e garantir simultaneamente o funcionamento (minimamente satisfatório) da vida econômica, social e cultural das populações atingidas e das instâncias públicas encarregadas de promover o bem estar da coletividade. Essa premissa é o que galvaniza o movimento levado a cabo pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Embora se tenha como ponto de partida a cobrança da aceleração das providências anunciadas pelo governo federal e tolhidas pelo cipoal burocrático, na verdade, o que se quer - além disso - é a consecução de uma estratégia de longo prazo para se alcançar o patamar estabelecido pela profusão de estudos já acumulados.

Evidentemente, os avanços científico e tecnológico permitem hoje o que, há poucas décadas, demandaria muito mais tempo e recursos materiais e humanos para ser executado. O que falta é uma sistematização executiva azeitada pela vontade política da Nação. Esta precisa entender que o problema não diz respeito apenas à região nordestina, mas tem tudo a ver com o projeto de um país calcado num desenvolvimento contínuo e bem distribuído, isto é, que não cause aleijões (hipertrofiando algumas partes e deixando outras raquíticas). 

O Brasil só será um país robusto, com capacidade competitiva e respeitabilidade internacional, se conseguir se apresentar como um todo harmônico. As defasagens regionais tornam-no um gigante de pés de barro. Sem a compreensão disso, a Nação não conseguirá ocupar o espaço a que tem direito por suas dimensões continentais.

As elites brasileiras têm a obrigação de incorporar o descortino que se espera delas. Se não superarem a mesquinhez particularista e não passarem a ver este País como um todo, continuarão a castrar o seu destino grandioso.

Fonte: Jornal O Povo
Link: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2013/05/14/noticiasjornalopiniao,3055839/seca-articulacao-regional-e-a-falta-de-percepcao-nacional.shtml
Última atualização: 14/05/2013 às 09:47:30
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