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Notícias

  08/05/2013 

Reestruturação: AFBNB debate com trabalhadores

Diretores visitaram agência Fortaleza/Centro e ambientes na Direção Geral (Fotos: AFBNB)

Dando prosseguimento ao trabalho de discussão sobre a reestruturação com a base, tendo em vista o levantamento de inquietações e questionamentos dos trabalhadores, a AFBNB esteve nas últimas quinta-feira (2) e sexta-feira (3) na agência Fortaleza/Centro e no Passaré, na Direção Geral para discutir o assunto com os funcionários.

Agência Fortaleza/Centro

Participaram da reunião, pela AFBNB, a presidenta Rita Josina e os diretores de comunicação e de organização, Dorisval de Lima  e Assis Araújo, que abordaram, além da reestruturação, outros assuntos de interesse dos funcionários, como a necessidade da mudança para a nova agência. Os diretores repassaram aos trabalhadores as informações da última reunião com o superintendente do Ceará, João Robério Messias, que deu prazo até o final do mês de maio para que as novas instalações estejam funcionando. Os diretores deram ênfase também à questão da tecnologia e da melhoria das condições de trabalho que devem ser dadas aos funcionários neste novo prédio de atendimento.

 A pressão por metas continua sendo pauta recorrente nas conversas com trabalhadores das agências, destacando-se que as metas em si não são o grande gargalo, mas as condições de trabalho enfrentadas nas unidades, que já é de amplo conhecimento da administração do Banco, tendo em vista que não são de agora: carência de pessoal, sistemas inadequados, retrabalho, trabalho gratuito, por exemplo. Nesse sentido, a partir de uma proposta ousada para atuar no mercado, “o Banco acaba querendo fazer o papel de outras instituições e acaba dificultando e barrando o crédito, dificultando o relacionamento com o cliente”, avalia um dos funcionários da agência. 

Os diretores da AFBNB pontuaram que o problema das agências foram enfatizados no documento entregue ao GT da reestruturação, inclusive apresentando sugestões para a melhoria dos processos e na interação da direção geral com as agências.

Na proposta de reestruturação que aponta para a abertura ao varejo de mercado é preciso que todos acompanhem e participem no sentido de não tolerar quaisquer pacotes ou práticas sem o devido debate ou planejamento, portanto, os trabalhadores não devem permitir que o processo de reestruturação seja imposto arbitrariamente ao funcionalismo, mas sim acompanhado do aumento do número de agências, da revisão do plano de funções, do fim das práticas de assédio moral, condições de trabalho dignas e acompanhada de uma estratégia de desenvolvimento que contemple as reais necessidades de seus trabalhadores e da sociedade nordestina.

Passaré

A presidenta, Rita Josina Feitosa, os diretores Assis Araújo, Alci de Jesus, Dorisval de Lima e o conselheiro fiscal Henrique Moreira estiveram à tarde da quinta-feira (2) no Ambiente de Produtos e Serviços Bancários que, no entendimento da AFBNB, foi um dos que sofreu mudanças consideráveis com o processo de revisão organizacional, tanto na vinculação a uma outra diretoria quanto com a redução de pessoal.

Para os trabalhadores do ambiente, as mudanças chegam a ser incoerentes: se, por um lado, o Banco argumenta que quer ampliar a base de clientes, por outro reduz a área responsável. Outra incoerência é fazer mudanças sem antes ter resolvido pendências que se acumulam e nunca foram resolvidas, a exemplo do sistema de atendimento defasado, trabalho demais para estrutura mínima.

A AFBNB relembrou os motivos que levaram a situação no mínimo extravagante em que se encontrava a estrutura do Banco: a acomodação de interesses, que deu margem a todo tipo de práticas como nepotismo, assédio moral, terceirização e arrocho salarial. Ou seja, era preciso que a situação fosse revista mas não de qualquer maneira. “O que se questiona no momento não é o mérito da reestruturação, mas o método”, ponderou Rita Josina.

Na sexta-feira (3), a AFBNB novamente reuniu-se com os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) no Passaré para debater, principalmente, o processo de reestruturação que está sendo conduzido pela direção do Banco.

Inicialmente, os diretores da Associação reuniram-se com os funcionários da Área de Recuperação de Crédito. Os trabalhadores estavam bem preocupados com a situação. O sentimento que paira entre a maioria dos trabalhadores da área é de angústia. “Como é que podemos ficar tranquilos?”, indagou uma funcionária. “Não tem chegado informação (sobre a reestruturação) nenhuma para a gente; a gente não sabe de nada”, continuou, deixando claro que o processo de reestruturação vem sendo feito de maneira obscura pela direção do BNB.

Corroborando a fala da colega, outro funcionário da área também pontuou que “não houve participação dos funcionários no processo de reestruturação, a única coisa que fizemos foi responder a um questionário”.  Outro trabalhador endossou a opinião dos colegas: “Uma reestruturação deveria ser algo normal, corriqueiro, jamais algo traumático para os funcionários como está sendo agora”.

Em seguida, os diretores reuniram-se também com os funcionários da Área de Negócios. O clima não era de tanta incerteza e insegurança como na área anterior, mas se não ocorreram muitas críticas à reestruturação, sobraram-nas à política de recursos humanos. Assuntos como plano de incentivo à aposentadoria, dignidade previdenciária e de saúde e isonomia de tratamento foram abordados pelos funcionários, com muitas críticas. 

Posição da AFBNB

Nas reuniões, os diretores da AFBNB deixaram claro que a entidade não vai permitir que o processo de reestruturação seja empurrado goela abaixo dos funcionários. Os diretores lembraram que, ainda em setembro do ano passado, a AFBNB entregou ao Grupo de Trabalho que coordenava o projeto de reestruturação um documento contendo diversas contribuições dos funcionários. Pelas incertezas e medo que pairam entre os funcionários, parece que o Banco não levou em conta o referido documento. O mais importante, de acordo com a AFBNB no que concerne ao projeto de reestruturação, é que a lógica do desenvolvimento não seja esquecida em detrimento da lógica do varejo, estritamente comercial, e que o processo não seja traumático para o corpo funcional.

Para a AFBNB, não adianta a atual gestão cantar loas aos resultados econômico-financeiros (que são obtidos, em sua maior parte, graças ao trabalho dos funcionários da base, e não à diretoria) se as práticas das gestões anteriores relacionadas à política de recursos humanos continuam as mesmas.

A diretoria procurou reforçar a importância do diálogo entre a direção do Banco e a base, destacando que nesse momento de mudança de estrutura a discussão não deve ficar restrita apenas à área gerencial. Para a Associação, o Banco conta com um quadro de profissionais competentes, comprometidos e que não podem ficar passivos aguardando qualquer proposta de reestruturação.

Para a AFBNB, o compromisso com os destinos do BNB deve ser tarefa de todos, neste sentido, embora a entidade já tenha encaminhado para a direção do banco vários pontos necessários e que devem ser considerados no processo de reestruturação, também apresentou um conjunto de questionamentos oriundos da base – cujas respostas não foram convincentes -, haja vista o resgate do referencial desenvolvimentista como eixo norteador da atuação do banco assim como a valorização dos seus trabalhadores a partir da melhoria das condições de trabalho, saúde e previdência. 

“Esse é o nosso papel. Não podemos ficar só na retórica, precisamos ter proposição sempre tendo em vista conquistas coletivas, para que isso não resulte em uma luta fratricida”, destacou Rita.

A AFBNB reafirma seu compromisso com a base e informa que continuará percorrendo as agências, ouvindo os trabalhadores, além de prosseguir na realização de cobranças sistemáticas ao Banco para que procure solucionar as diversas questões ainda pendentes com o funcionalismo e resgate o seu papel de agente do desenvolvimento regional.

Fonte: AFBNB
Última atualização: 08/05/2013 às 15:57:30
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