O contato com a base e as demandas dela advindas são a mola propulsora do trabalho da Associação, logicamente tendo por base a sua missão – lutar pelo fortalecimento do Banco enquanto indutor do desenvolvimento, pela redução das desigualdades regionais e pela valorização dos trabalhadores.
Tais demandas são identificadas de várias formas, inclusive in loco, quando das visitas às unidades realizadas com frequência pelos diretores da entidade. E o que fazer com elas? Encaminhá-las aos responsáveis por sua resolução: algumas questões são direcionadas às coligadas (Capef, Camed); outras, relatadas e questionadas a instâncias superiores, como Ministério da Fazenda, Conselho de Administração do Banco, Dest, por exemplo. A maioria, entretanto, direciona-se à própria administração do Banco. A associação não apenas encaminha as demandas, mas solicita reuniões para discutir os assuntos e tentar encontrar juntos solução para as mais diversas demandas.
Mas, parafraseando o ditado popular, “quando um não quer, dois não brigam”, nem conversam, muito menos resolvem problemas juntos. Infelizmente é isso que está acontecendo no Banco. Reuniões até são realizadas, mas a falta de respostas concretas para situações também concretas deixa a todos desanimados e a gestão do Banco desacreditada.
A Associação começou o mês de abril enviando ofício à presidência do BNB reiterando a solicitação feita anteriormente de informações para vários assuntos como a convocação dos concursados, solução para a situação previdenciária dos ativos e aposentados, PLR (faculdade de parcelamento no reembolso do adiantamento de 2011), resultado do trabalho do GT reestruturação e quitação para os passivos trabalhistas. Sem resposta.
No dia seguinte ao envio do ofício, o pronunciamento do presidente deixou os trabalhadores com inúmeras dúvidas quanto ao processo de revisão organizacional. Diante disso, a Associação enviou novo ofício, questionando alterações feitas no Plano de Funções, cobrando sua revisão integral nos planos de Cargos e Remuneração e de Funções, haja vista ser assunto de interesse coletivo. Sem resposta.
No dia 23 de abril, por ocasião de videoconferência sobre a reestruturação, a AFBNB protocolou documento com questionamentos da base para a coordenação do Grupo de Trabalho e para a diretoria responsável mas nenhuma das perguntas feitas foi respondida até o fechamento desta matéria.
O silêncio pode ser gritante. Nesse caso, o silêncio do Banco deixa margem a diversas interpretações, entre elas o descaso – ou a não priorização - com as questões complexas dos trabalhadores e da própria instituição.
É preciso atenção por parte dos trabalhadores e mobilização permanente, tendo em vista aos ataques constantes aos seus direitos dos trabalhadores, a exemplo do que está havendo no Banco do Brasil, com mudanças no plano de funções que prejudicam os bancários, os quais se encontram em mobilização, inclusive indo à greve.
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