A AFBNB, representada pela presidenta Rita Josina Feitosa e pelo diretor Dorisval de Lima, esteve reunida no dia 23 de abril com o superintendente da Área de Cadastro e Análise, Acompanhamento e de Operação de Crédito, Hugo Cançado Thomé, e com o gerente da CENOP Fortaleza, Emiliano Estevão da Paz.
A reunião foi solicitada pela Associação à diretoria do Banco para tratar sobre o credenciamento de empresas para realizarem atividades de análise de projetos, na oportunidade em que os diretores ratificaram o posicionamento contrário à medida por considerarem que se trata de terceirização. Para a Associação tal política representa uma temeridade ao Banco, desvaloriza os técnicos da área e desrespeita os profissionais aprovados em concurso e que ainda aguardam convocação.
Segundo o superintendente, a mudança está prevista no processo de reestruturação pelo qual o Banco está passando e que envolve também revisão do processo de crédito. Na visão do Banco, de acordo com Cançado, não se trata de terceirização e sim de credenciamento necessário para enfrentar a série de dificuldades que o Banco vem enfrentando por deficiências no processo operacional. O modelo teria sido inspirado no que já é praticado na Caixa Econômica Federal, para que o Banco possa dar vazão ao volume das operações.
Os diretores da AFBNB expressaram a preocupação da entidade, já externada em notas e ofícios enviados ao Banco e apresentaram o texto produzido pelos técnicos de campo reunidos durante a Reunião do Conselho de Representantes, em março último (leia texto na íntegra) . Eles cobraram transparência e atenção do Banco no trato de uma atividade peculiar aos técnicos de campo, sobretudo por se tratar de uma área do BNB que enfrentou em um passado bem recente problemas que fragilizaram a instituição e que ainda estão em processo de apuração pelos órgãos competentes. Justamente por isso, reiteraram a necessidade de um planejamento e do acompanhamento com extremo rigor de todo o processo, desde a elaboração do edital até a contratação e realização do trabalho, o que no final acaba sendo mais trabalhoso para o Banco e para os próprios técnicos que acompanharão o trabalho dos escritórios.
Para eles, o fato toma amplitude maior e mais grave por não ser uma medida emergencial – como foi levado a crer a partir de explicações do Banco – mas sim uma mudança programada dentro de um processo maior de reestruturação dos processos de crédito. “A gente realmente se preocupa que isso se torne algo permanente, o que é uma incoerência, principalmente por haver profissionais da área aguardando para serem chamados. Além do mais, não teve debate amplo com os técnicos de campo a respeito”, avalia a presidenta da AFBNB.
Tendo em vista que o trabalho desses escritórios técnicos já iniciou, a AFBNB sugeriu a realização de uma avaliação dos resultados até então desenvolvidos, até para que se redefinam rumos à luz da opinião e reivindicação dos técnicos (esboçada no documento da RCR citado acima).
Sobre os aprovados no concurso, os diretores da Associação questionaram o quantitativo dos convocados e perspectivas de convocação, informação que segundo o Superintendente, é de competência da área de recursos humanos. Vale lembrar que a AFBNB encaminhou ofício ao diretor da área solicitando essas informações, sem resposta até o momento.
“Temos que valorizar os técnicos de campo, que já possuem expertise no trabalho e compromisso com a missão do Banco, bem como nomear os aprovados do concurso, medida que acreditamos fortalecerem a instituição, e não terceirizar um trabalho da importância que é a análise dos projetos”, defende Rita Josina. Ainda sobre os técnicos de campo a Associação cobrou melhorias nas condições de trabalho dos profissionais, inclusive com relação à equipamentos, deslocamento e recursos necessários para o desempenho das atividades de campo.
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25/04/2013
