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Dando prosseguimento às reuniões nas unidades do Banco para debater a reestruturação e conhecer a avaliação dos funcionários sobre o processo, inclusive sugestões que poderão ser sistematizadas pela Associação e levadas à administração do BNB, diretores e conselheiros fiscais da AFBNB – Rita Josina Feitosa, Alci de Jesus, Adstoni Bezerra e José Frota de Medeiros – estiveram na tarde do dia 17 de abril no ETENE.

 

No encontro, a AFBNB ressaltou seu posicionamento crítico quanto à forma como a reestruturação está sendo feita e questionou a estratégia que sustenta as mudanças anunciadas pelo Banco que, embora desconhecida da entidade, pelos arranjos anunciados, pressupõe-se equivocada por não trazer para o centro do debate a questão do desenvolvimento.

 

Na opinião de alguns funcionários, mesmo com a reestruturação, ainda há uma estrutura grande para a direção geral, assim como para os chamados projetos estratégicos, o que consideram uma verdadeira “aberração”, questionando ainda o fato de a preocupação com a área creditícia vir a ser o carro chefe das mudanças propostas em detrimento das áreas estratégicas para o Banco. Para eles, questões importantes como a participação de representantes dos trabalhadores na Diretoria, o reconhecimento do quadro técnico e a ampliação do debate do desenvolvimento para todas as áreas do Banco – debate este hoje restrito a algumas unidades – deveriam ser encaradas como prioridade pela gestão do BNB.

 

Especificamente quanto ao ETENE, lembraram a época em que havia reconhecimento enquanto órgão técnico e lamentaram a forma como a unidade vem sendo tratada pelas administrações do Banco: “o ETENE foi alijado desse processo de reestruturação”, “o Banco está distante, não direciona a atividade do Escritório”, relataram. Para eles, o fato de estar vinculada a uma diretoria específica enfraquece e limita a ação da unidade. A reivindicação é que o ETENE volte a ser vinculado ao Gabinete da Presidência, possibilitando o diálogo com as demais áreas, de forma que os estudos ali produzidos possam influenciar toda a ação do Banco. Para eles, a apreensão e o sentimento de que “o Banco está sem rumo”, na verdade pode apontar para o enfraquecimento da instituição e mesmo seu fim.

 

Para José Frota de Medeiros, o momento atual é de ataque à área de desenvolvimento, sendo preciso união e atenção para que não aconteça com o BNB o que está acontecendo em outras instituições regionais, a exemplo do DNOCS. “Não podemos cair no “canto da sereia” e deixar que a questão do desenvolvimento fique em segundo plano no Banco”, afirmou. Nesse sentido, ele defende o fortalecimento do ETENE pela peculiaridade, importância histórica e pelo papel que pode desempenhar para que o Banco retome o viés desenvolvimentista.

 

Para a AFBNB, não obstante o direcionamento para a melhoria do processo de crédito e a celeridade nas ações para a mudança, a estratégia focada no desenvolvimento, a democracia, o respeito aos trabalhadores e a justiça é que devem sustentar o processo de reestruturação do Banco. Para isso, a participação de todos no debate é fundamental, mesmo porque o Banco é um só: uma medida tomada que afeta uma unidade pode impactar em todas as demais.

 

CENOP-FOR

 

Na tarde de sexta-feira (19), diretores e conselheiros fiscais da AFBNB - Rita Josina, Alci de Jesus, Dorisval de Lima, Medeiros e Leóstenes – se reuniram com funcionários da CENOP-FOR. Na ocasião, levantaram a necessidade do debate sobre a reestruturação e abordaram quanto ao entendimento da Associação sobre o processo em curso no Banco.

 

Assim, contextualizaram os presentes sobre as ações que vêm sendo desenvolvidas pelo fortalecimento do BNB e dos trabalhadores, o acompanhamento, com posicionamento contrário ao processo de terceirização de atividades nas Centrais, destacando a importância da participação da unidade na construção dos destinos do Banco, mais especificamente nesse contexto da reestruturação. 

 

De acordo com Dorisval, "precisamos saber do contexto e dos detalhes da proposta de reestruturação, para que tenhamos os elementos e a garantia de que a proposta foi planejada de forma a ajudar o trabalho que é feito nas agências", destacou o diretor.

Para a AFBNB, ainda há desconhecimento sobre a forma de funcionamento da “esteira” e a entidade vai solicitar a Resolução da Diretoria - documento que trata do assunto, no sentido de analisar a proposta do Banco para as Cenops, CRO e Controle Interno. Pelo que tem sido veiculado até o momento, a perspectiva da segmentação, centralização e mudanças na administração da fiscalização devem ser amplamente discutidas e aperfeiçoadas no sentido de garantir melhorias nos controles e responsabilidades no processo de crédito.

 

A Associação ratifica seu posicionamento de que o ônus das mudanças não pode pesar sobre os ombros dos trabalhadores, e defende que todas as informações sejam apresentadas com transparência e garantia de que mesmo nos casos de alterações no funcionamento de algumas unidades, os direitos dos trabalhadores sejam preservados. 

Por isso, a entidade reforça o convite: envie para o email comunicacao@afbnb.com.br suas considerações sobre a reestruturação (sugestões, observações, críticas) sejam elas positivas ou negativas. Participe desse debate!