O diretor de organização da AFBNB, Assis Araújo, visitou durante os últimos dias 11 e 12, agências do Banco do Nordeste do Brasil na Paraíba. O intuito da jornada de reuniões era o de debater questões pertinentes ao Banco e aos funcionários, além de aspectos relativos à 43ª RCR, realizada no último mês de março em Pernambuco.
Foram visitadas as unidades de Sousa, Patos, Itaporanga, Pombal, Catolé do Rocha e Cajazeiras, que contaram com uma participação expressiva dos trabalhadores no debate sobre as questões apresentadas.
Através de questionamentos dos funcionários quanto à reestruturação, Assis enfocou pontos que estão na ordem do dia do BNB, tais como a necessidade de melhorias no processo de crédito do Banco e melhor relacionamento da direção geral com as agências. Foi discutida a preocupação com a função do BNB enquanto banco de desenvolvimento e a importância dos funcionários e da sociedade nordestina neste contexto.
Durante as visitas foram ouvidas reclamações referentes principalmente à falta de tecnologia e equipamentos, fato corriqueiro nas agências, além de cobranças referentes à falta de estrutura física no ambiente de trabalho. Também foram ouvidas reclamações relacionadas aos critérios de seleção em concorrências, como o caráter eliminatório da avaliação curricular, o que não deveria ocorrer. Os trabalhadores também expressaram seu incômodo com relação à falta do suprimento de vagas, pois apesar das convocações, poucos assumem seus postos. Foi abordada também a falta de isonomia do plano de funções (na relação piso/teto/remuneração).
Os trabalhadores focaram a falta de credibilidade quanto aos planos CV e BD da CAPEF e mostraram-se preocupados com o estabelecimento de metas para as agências, o que dá margem às práticas de assédio moral.
Houve relatos de que em algumas unidades existe um “clima pesado”, visto que não existe diálogo com a gerência, apontando um sentimento de intimidação e por vezes, de discriminação.
Vale ressaltar que na agência de Itaporanga os trabalhadores convivem com condições inadequadas de trabalho, com o teto na iminência de desabar, instalações elétricas precárias, risco de incêndio, entre outros. Na visão da AFBNB, para que as unidades possam desenvolver seu trabalho de forma satisfatória e cumprir as metas, é necessário que as condições objetivas estejam postas, a exemplo da logística necessária, funcionamento do ponto eletrônico e tecnologia apropriada.
Na avaliação do diretor Assis, “os funcionários precisam da atuação das entidades; ficou evidente que eles gostaram da presença da AFBNB, boa recepção, atenção e participação. Também ficou evidente que a pressão institucional no estado é uma realidade que precisa ser combatida”.
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