O Brasil ainda possui os juros mais altos do mundo. Em março, a taxa fechou em 5,4% ao mês. Mesmo com redução de 33,24%, o juro ao consumidor alcançou 87% ao ano no mês passado, valor muito maior do que a Selic, atualmente em 7,25% ao ano.
O levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) mostra que os bancos seguem sem reduzir efetivamente as taxas, mesmo com as medidas adotadas pelo governo, que diminuiu os juros nos bancos públicos para pressionar os privados a seguirem o mesmo caminho.
Entre os países do BRICS (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil também possui o maior spread bancário, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).
O spread no país é de 12,2% ao ano, à frente de Rússia (3,57% a.a.), África do Sul (3,3% a.a.) e China (3,00% a.a.). A Índia não disponibilizou os dados. Ao considerar os países da América Latina, apenas o Paraguai (25,1%) e Peru (16,78% a.a.) possuem spread bancário maior do que o do Brasil.
|