A pauta dos últimos dias no BNB tem sido a revisão da estrutura organizacional da instituição cujos pontos foram anunciados na semana passada, e a repercussão das medidas no dia a dia de cada funcionário das áreas citadas nos documentos oficiais do Banco.
Dúvidas, incertezas, questionamentos, medo do que está por vir são sentimentos presentes entre o corpo funcional, que crescem à medida em que o Banco não esmiúça todos os detalhes da reestruturação.
A AFBNB reiteradas vezes se pronunciou sobre o assunto, afirmando seu posicionamento e cobrando transparência e responsabilidade do Banco de forma que qualquer que fossem as medidas, o trabalhador não saísse prejudicado. Em setembro de 2012, por exemplo, entregou à direção do BNB documento com demandas a partir das contribuições dos funcionários e das resoluções das reuniões do Conselho de Representantes da Associação sobre o assunto. Em janeiro, tendo em vista desconhecer o andamento do processo, a entidade enviou ofício – sem retorno - ao presidente Ary Joel solicitando a apresentação prévia do resultado do Grupo de Trabalho (GT) responsável por discutir o tema. Na última quinta-feira (11 de abril) novamente nos pronunciamos e ratificamos a defesa de que qualquer mudança seja para contribuir com o fortalecimento do Banco e valorização de seus funcionários. Que o Banco do Nordeste do Brasil seja entendido como um todo, compreendendo que alterações em uma estrutura impactarão em outras; que seja dada igual importância às agências e direção geral e que, principalmente, o foco central de toda modificação seja o desenvolvimento da região no qual está inserido e para a qual foi criado.
Não é demais lembrar que se foi necessária a revisão atual é porque faltou à diretoria, no mínimo, planejamento ou falta de critérios na criação de ambientes/funções em anos anteriores, daí o sobreposição de atividades. A responsabilidade de toda a situação, portanto, é do Banco – por ação direta ou omissão – não cabendo aos trabalhadores o ônus. Ao contrário, entendemos que a instituição deva assegurar todos os direitos adquiridos aos funcionários cujas áreas serão extintas, bem como aos demais prestar todas as informações detalhadas, de forma que não se dê margem à instalação de clima de terror.
Para nós, da Associação, a revisão da estrutura deve vir para agregar, somar, otimizar a ação do Banco, fortalecendo-o. Nada disso será possível, entretanto, se não houver o respeito e a garantia dos direitos de seus trabalhadores.
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