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Saiu na Imprensa

  09/04/2013 

Seca e ação governamental

 

Recentemente a presidente Dilma esteve no Ceará anunciando pacotes de ações governamentais relativas à seca do Nordeste, entre elas um de fornecimento de máquinas que será mais benéfico também a outras regiões do país.

 

A escassez de água em consequência da baixa recarga dos açudes da região, a insuficiência de chuvas, a evaporação intensa dada as altas temperaturas, o uso inadequado e/ou abusivo de água por parte da população são os fatores determinantes de que nossa prioridade maior hoje no nordeste seja a de resolver o problema do abastecimento, ao tempo que indicam a prioridade do estabelecimento de outras ações governamentais. Além das já anunciadas, vale mencionar a necessidade de acelerar a transposição das águas do rio São Francisco, com uso de recursos semelhantes aos mesmos mecanismos legais e administrativos utilizado para as obras da Copa do Mundo de futebol. E ainda: a construção de novos açudes como o Lontras na região da Ibiapaba-CE, a compra de equipamentos para a dessalinização das águas oriundas dos poços perfurados de águas salobras, o apoio aos estados nos projetos de transferência de águas (adutoras), a ampliação do cinturão das águas, o estímulo de retorno das ações e pesquisas das chuvas artificias através do bombardeio das nuvens (o Ceará foi pioneiro nesse campo, tendo sido sua estrutura desmontada) e o estímulo a novas alternativas de abastecimento, como a do mar (alguns países árabes já usam).


Precisamos modificar os sistemas de irrigação para técnicas como a do gotejamento, eliminando o uso da inundação, ampliando e modernizando os chamados perímetros irrigados; tentar substituir culturas agrícolas (como a do arroz) por outras que utilizem menor quantidade de água; apoiar pesquisas de alternativas de exploração agropecuária por parte das Universidades e Embrapa; recriar empresas estaduais de pesquisa dotadas de estruturas mais adequadas e criar um projeto de reflorestamento para a região.


Nas nossas escolas (municipais, estaduais e federal) poderíamos ministrar informações de como conviver com as secas, de forma semelhante a outras regiões que convivem com meios rigorosos. A seca é também um momento propício para aumentar os investimentos governamentais no Nordeste tais como duplicar estradas, construir novos programas de estradas vicinais, melhorar e ampliar escolas e hospitais, sistemas de saneamento, intensificar a construção de casas, gerar mais empregos e melhorar rendas.


Finalmente é de esperar do governo federal que não realize contenção dos recursos financeiros destinados ao Nordeste e que nossos lideres políticos estejam à altura para cobrar as promessas feitas e atuarem de forma proativa no jogo politico, em benefício da causa pública. 

 

Antonio de Albuquerque Souza Filho

dealbuquerqueantonio@gmail.com

Engenheiro agrônomo e professor da UFC

Fonte: Jornal O Povo
Última atualização: 09/04/2013 às 09:35:43
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