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A presidenta da AFBNB, Rita Josina Feitosa e o diretor de organização da entidade, Assis Araújo, estiveram nesta manhã (5) reunidos com os funcionários do BNB lotados no posto de atendimento do Fórum Clóvis Beviláqua. A reunião integra a ação que vem sendo desenvolvida pela Associação de aproximação com a base, por meio de visitas às unidades.

 

Os diretores abordaram sobre a permanência do posto na localidade, tendo sido informados de que não há informação oficial, embora o convênio que garantia o funcionamento do posto no Fórum não fora renovado, e que a notícia dá conta de que o mesmo será desmobilizado. Para onde vão, no entanto, os funcionários ainda não sabem.

 

O que existe de concreto é que o trabalho continua e é inversamente proporcional à mão de obra. Para se ter idéia do volume de trabalho, o posto é responsável por operar todas as demandas de cunho judicial do estado do Ceará, com um número limitadíssimo de trabalhadores, que enfrentam uma realidade bem próxima dos problemas relatados em muitas agências do BNB: condição inadequada de trabalho (no caso do posto, os funcionários não dispõem sequer de banheiro nem espaço para refeição próprios), falta de segurança - apesar de lidarem com quantias altas, não tem porta giratória - pouco pessoal para muita demanda, sistemas obsoletos etc.

 

Para a AFBNB, é uma preocupação como o processo de desmobilização do posto está sendo conduzido. “Seja qual for a definição, é preciso que seja transparente principalmente quando se trata de realocação dos trabalhadores, o que impacta na vida das pessoas. Hoje eles estão sem informação, precisam definir seus destinos profissionais, não sabem para onde vão e, embora o posto permanecendo, a realidade é muito precária”, afirma Rita Josina.

 

No entendimento da AFBNB, embora  com grande potencial de mercado e de prospecção de negócios, o posto - que conta com dois anos de funcionamento – não atendeu o seu objetivo, também por falta de pessoal.  A entidade questiona a contradição atual da administração do Banco de, em meio a um processo de reestruturação a implantar, continuar lotando funcionários na direção geral enquanto as agências continuam sendo desfalcadas.

 

Avaliação – Para o diretor da AFBNB, Assis Araújo, “onde tiver um funcionário do BNB trabalhando a AFBNB tem que estar presente, porque assim é possível compreender os problemas no Banco, sejam eles de que dimensão for”. Para ele, fica evidente que o Banco precisa rever sua estratégia de trabalho, valorizando seus funcionários. Para Rita, é lamentável que “mesmo em um local onde deveria prevalecer a justiça, como um Fórum, vemos condições injustas de trabalho”.

 

A AFBNB já esteve reunida com a gerência geral a qual está vinculada o posto, oportunidade em que solicitou providências para a realidade enfrentada atualmente nos postos de atendimento (veja aqui), e está agendando reunião para os próximos dias com a superintendência estadual, para abordar assuntos relacionados às condições de trabalho das unidades.