Está causando mal estar entre funcionários do Banco e aprovados no último concurso a contratação de empresas para realizarem atividades de fiscalização, conforme descrito no Manual de Procedimentos-Operações de Crédito do BNB (versão de 25/02/2013): “O Banco poderá utilizar nas atividades de avaliação de bens, vistorias de empreendimentos, crítica de orçamentos, emissão de pareceres técnicos, diagnósticos, análise de viabilidade técnica e demais serviços correlatos, para operações realizadas com agentes produtivos, as empresas de prestação de serviços de engenharia, ou arquitetura ou agronomia, credenciadas para este fim. Sendo permitido o uso dessa sistemática para as atividades de avaliação de bens, critica de orçamento e vistorias, quando respectivamente o valor declarado do bem, o valor do orçamento e o valor da proposta e/ou operação sejam até R$ 1.800.000,00”.
Trata-se inegavelmente de um processo de terceirização clássica, com repasse de serviços essenciais, peculiares ao Banco no aspecto operacional, a empresa privada, enquanto há concursados aprovados nessas áreas a serem convocados.
A AFBNB é contrária a esse processo de terceirização, bem como a outros que acontecem no Banco em áreas estratégicas como a jurídica e de comunicação. Medidas como essa enfraquecem a instituição e geram um clima de insatisfação entre seus trabalhadores, que podem se sentir desvalorizados e desmotivados.
Se a justificativa do Banco é a "urgência" na aplicação dos serviços, então que assim seja tratado pelo BNB: como algo emergencial e provisório. Para tanto, o Banco deve elaborar um plano, com definições e prazos estabelecidos que contemplem a imediata convocação dos técnicos aprovados para as diversas áreas envolvidas; do contrário, o provisório pode se tornar permanente, o que não é bom para a instituição.
É preciso e urgente, portanto, que o Banco aja no sentido de restabelecer a cultura interna sobre a peculiaridade dos serviços de campo, com permanente processo de formação dos funcionários e suporte adequado ao bom desempenho das atividades (equipamentos, instalações, tecnologia, pessoal bem como o próprio custeio dos funcionários etc).
Diante desse problema e buscando contribuir para uma resolução que não prejudique o Banco, tampouco seus trabalhadores, é que a AFBNB enviou hoje ofício ao presidente do Banco externando a preocupação e solicitando informações quanto ao cronograma de convocação dos aprovados para suprir a demanda de mão de obra de forma a dispensar a terceirização dos referidos serviços.
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