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Protesto na agência Fortaleza Centro exige respeito e condições adequadas de trabalho

Diretor Assis Araújo fala aos clientes e funcionários do BNB (Fotos: Alan Dantas/AFBNB)

Na manhã desta terça-feira, 15, os trabalhadores da agência Fortaleza/Centro realizaram uma paralisação simbólica de 1 hora, apoiados pela Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB), em protesto às condições impróprias e insalubres em que se encontra a agência desde que a reforma no prédio da Justiça Federal começou, ainda em 2012. Na ocasião, foi distribuído para a população um documento elaborado pela AFBNB resgatando o histórico do caso. (leia aqui)

A manifestação foi necessária tendo em vista que nenhuma medida anterior adotada pela Associação – envio de ofícios, reuniões com gestores, relato da situação e divulgação de matérias – surtiu efeito. Dessa vez, decidiu-se externar a situação vexatória na esperança de que a pressão pública contribua.

Durante o protesto, os diretores da AFBNB lembraram que o BNB está abrindo novas agências, dentro de padrões modernos, inclusive de segurança, medida essa que deveria ser considerada para as demais agências, algumas sucateadas, sobretudo no interior.

Assis Araújo, diretor de Organização e presidente em exercício, parabenizou os funcionários da agência, que resolveram de forma autônoma fazer a manifestação e lamentou a insensibilidade do Banco diante do problema. “É importante que o Banco tome de conta do seu patrimônio, que o próprio presidente diz que é o funcionário, mas na hora de atender às reivindicações percebemos que fica só na conversa. É um desrespeito com o trabalhador e com o cliente. Nós não podemos admitir que clientes passem horas para serem atendidos, sem nenhum conforto”.

Diretor Dorisval de Lima ressalta que o Banco deve valorizar os funcionários

“É preciso que os diretores do Banco entendam que os resultados que o Banco do Nordeste alcança é fruto do trabalho dos funcionários, das mentes e das mãos que tocam o trabalho”, afirmou o diretor de Comunicação da AFBNB, Dorisval de Lima, que ressaltou o compromisso do gestor da agência em tomar as medidas internas que lhe cabiam, levando o caso às instâncias devidas do Banco, fazendo intermediação com os responsáveis pela obra, mas sem qualquer solução concreta, o que leva a entender que o problema reside na administração do BNB.

Um funcionário aposentado do Banco, que passava no local, compartilhou das preocupações com o atendimento e o atraso do BNB. Segundo ele, a pouca quantidade de caixas impossibilita que haja atendimento prioritário e as quedas constantes do sistema emperram até mesmo o pagamento de contas.

Para o representante da AFBNB e funcionário da agência Fortaleza/Centro, José Bernardino Carleial, esse momento foi uma demonstração “de que os funcionários não aguentam mais as condições de trabalho aqui, todos unidos em prol da própria melhoria do Banco e do atendimento aos clientes, porque não estamos aqui contra o Banco, pelo contrário, estamos em defesa de um melhor atendimento aos seus clientes e condições de trabalho aos seus funcionários”.