O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) fechou 2012 com resultados positivos. A principal fonte de recurso, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), representou uma injeção de R$ 11,8 bilhões na economia do Nordeste, em cerca de 510 mil operações de crédito, informou o BNB, por meio da sua assessoria de imprensa.
No Ceará, o montante atingiu R$ 1,5 bilhão, referentes a 76,6 mil financiamentos. Conforme os resultados, os créditos do FNE representaram mais da metade das contratações globais do banco. Considerando todas as fontes, a instituição aplicou R$ 22,3 bilhões no ano passado, superando em R$ 600 milhões o montante concedido em 2011.
O presidente do BNB, Ary Joel Lanzarin, afirma que os bons números são fruto de uma série de fatores combinados. “A melhoria da eficiência operacional do banco, a definição da política de investimento e a proximidade das condições do fundo, já que a taxa de juros do fundo são bem mais competitivas”.
Lanzarin analisa ainda que a própria política de investimento do Nordeste tem alterado muito a questão da definição do investimento. “Tem maior número de empregos, comércio, isso demonstra uma procura maior por crédito”.
Ele afirma que os dados eram preocupantes no período em que ele foi empossado na presidência do BNB, em setembro de 2012. “Se nós analisarmos, quando eu assumi, estávamos bastante atrasados na liberação de crédito. As melhorias, o comprometimento dos funcionários foram fatores decisivos no trabalho”.
Superar 2012
A meta do fundo constitucional para 2013 é a aplicação de mais R$ 11,5 bilhões na área de atuação do Banco – região Nordeste e norte de Minas Gerais e Espírito Santo. Desse total, segundo o superintendente estadual do BNB, João Robério Pereira de Messias, a estimativa é de que sejam aplicados R$ 1,65 bilhão nos municípios cearenses.
A geração de empregos é diretamente impactada pelos empréstimos do FNE. Segundo estudo do Etene, de 2000 e 2009, empresas financiadas por esses recursos geraram 37,5% mais empregos do que as não financiadas.
E agora
ENTENDA A NOTÍCIA
O FNE passou por mudanças. O BNB perdeu a exclusividade, mas garante ter eficiência a ponto de seguir liderando a liberação de recursos do fundo constitucional.
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